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2 de dez. de 2014

Sonhos versus Realidade - Capítulo 10.

Ketlyn.
         — A comida está na mesa, garotos. — a voz da minha mãe entrou pela porta e se instalou entre nos, fazendo Ian se mexer desconfortavelmente e suspirar, tirando suas mãos da minha cintura repentinamente.
Minhas mãos estavam na beira da pia, apertando o mármore com as mesmas até minhas juntas ficarem brancas, minha cabeça estava pendendo para baixo como uma ancora, até que meus olhos alcançaram sua imagem atras de mim no espelho; ele tentou sustentar meu olhar, nossos olhares juntos, por que é assim que devia ser, mas isso o incomodou a certo ponto que ele beijou meu ombro e saiu do banheiro, sentando-se na beirada da minha cama, os cotovelos nos joelhos, sua cabeça também pendendo para baixo e seus dedos segurando seus cabelos como eu queria o segurar contra mim.
Isso também me irritou.
Covarde!
Bati a porta do banheiro e liguei a torneira, eu podia ver que meu maxilar estava apertado, minhas mãos estavam novamente no mármore o apertando como se o mesmo fosse se dilacerar na palma da minha mão.
Como Ian.
Como eu.
Abaixei meu rosto para a torneira e deixei minhas lembranças descerem pelo ralo, mas não desceram, invés disso elas formaram um nó justo em minha garganta, e eu ainda podia sentir o gosto azedinho na minha boca. Oh!
Enxuguei meu rosto com uma toalha e eu abri a porta, Ian se assustou com o barulho da mesma batendo duro na parede e ergueu seus olhos para mim, seus cotovelos ainda nos joelhos. Parei a frente dele, entre suas pernas abertas, e agora seu olhar desceu para minhas coxas desnudas, a ponta de seus dedos me alcançaram.
Ah!
Suas mãos estavam geladas.
Seus dedos pincelavam minha pele calmamente, minha mão desceu aberta para seu maxilar e meu polegar acariciou sua bochecha, meus dedos se fechando em seu queixo, trazendo seus olhos novamente para mim, iluminando meu rosto, e agora era ele que estava com os olhos brilhantes em lágrimas. Eu podia ler suas lágrimas, e as mesmas estavam me aplaudindo quando eu desci meus lábios para se fechar em cima dos seus, suas mãos se fecharam como pôde em torno das minhas coxas, apertando-as indeciso entre trazer para mais perto ou me afastar. Então eu tomei a decisão por ele.
Abri meus olhos lentamente e vi suas pálpebras fechadas, um vinco entre suas sobrancelhas, então eu levantei meu rosto em silencio, vendo o tempo exato que seus olhos se abriam para mim, iluminando o quarto; suas mãos ainda estavam indecisas em mim.
— Ketlyn. — ele sussurrou para mim, como que para me lembrar que seu coração nunca seria meu.
— Eu sei. — mas minha voz ainda estava fraca, como o sorriso que eu joguei para ele.
Suas mãos geladas não estavam mais em mim, e agora eu me sentia gelada.
— Eu sinto muito. — seu corpo grande me cobriu em um abraço como uma manta, e eu percebi que só ele poderia me esquentar. Joguei um ''Eu sei'' abafado pelo seu ombro em minha boca enquanto segurava suas omoplatas, querendo que ele também soubesse que só ele poderia esquentar esse gelo que ele deixou em mim.
— Eu também. — eu o amava, tanto! E eu só queria o odiar por não me amar de volta, mas invés disso eu sorri para ele, e por mais que ele soubesse que não era o meu melhor sorriso, ele retribuiu. — Vamos comer. — segurei sua mão e o puxei, descendo as escadas com ele atras de mim, sua mão nunca deixando a minha, mas seu coração sempre escapando de mim.

Minha mãe estava rindo pela milésima vez das palhaçadas de Ian, e por mais que ele não merecesse, eu também ria.
Ele me tinha, ele sabia disso.
— Não acredito que tenho dois cozinheiros na minha casa e estamos comendo lasanha de microondas. — minha mãe deu outra garfada na lasanha e encheu a boca.
— Me recuso a cozinhar para esse estrupício. — indiquei Ian com o prato que eu já levava para a pia.
Ele sorriu aberto para mim, orgulhoso.
Ele amava Ketlyn, eu sabia disso.
Ele só estava orgulhoso de mim por não o culpar por isso.
Eu também não o culpava por eu ama-lo, e aparentemente ele também não; mas eu só queria ver um pouco de culpa nele.
— É assim que eu a gosto de ver. — se orgulhou, enfiando outra garfada na boca.
— Como? — minha mãe perguntou, trazendo seu prato para mim lavar com um sorriso nervoso no rosto enquanto eu a fuzilava com meus olhos.
— Sorrindo. — deu de ombros. — Verdadeiramente sorrindo.
E como eu não ia sorrir verdadeiramente para ele, eu apenas peguei o prato da minha mãe e lavei, negando com a cabeça enquanto ele e minha mãe riam.
Ela tinha esperanças que acabássemos juntos, sempre dava corda! E isso me irritava realmente, por que eu sabia que a unica coisa que eu podia acabar com ele seria com um gosto irresistivelmente azedinho e salgado na boca.

Por mais que eu não precisasse o deixar na porta para ir embora eu ia, por que eu sabia que ele gostava. por que eu também gostava. Já estávamos na calçada, eu em cima dela e ele um degrau a baixo para me olhar nos olhos sem esforço. Ele estava pendendo no calcanhar, e esse era um sinal que ele queria falar algo, mas estava se segurando.
— Desembucha logo, Campbell. — rolei os olhos, por que eu sabia que se ele estava se privando de falar algo comigo, é por que eu e ele sabíamos de que eu não iria gostar.
Em uma respiração profunda ele falou, se firmando corretamente nos pés.
— Você tem visto a Ketlyn? — suas bochechas coraram, e se a pergunta não fosse essa eu o apertaria.
— Ela é minha amiga, Ian. Claro que eu tenho visto ela! Mas agora a diferença é que ela que corre atrás de mim, e não eu que corro atras dela. — sorri, orgulhosa. Ele nunca mudaria... Ele ainda era aquele gordinho covarde.
Sua cabeça abaixou, suas mãos entraram nos seus bolsos da calça e ele estava envergonhado demais.
Envergonhado dele mesmo e por estar me magoando.
Mas para o inferno eu! Ele continuou, mesmo sabendo que estava me massacrando e me humilhando.
— Ela ainda trabalha naquele bar? — sua voz era tímida e baixa, seus olhos não conseguiam olhar para mim.
Não. Eu não ia dar uma de ciumenta. Não mesmo! Eu tenho amor próprio, e eu iria usar.
— Sim, ela trabalha. — E sim, eu estava impaciente! — Você sabe que se ela não trabalhasse mais eu te contaria, não é?
— Eu sei. É só que... — eu esperei seu tempo, mas ele simplesmente parou de falar.
— Olha, Ian; praticamente todos os dias a gente fala dela. Você sabe onde ela trabalha, você sabe que depois do ensino médio ela não fez nada a não ser trabalhar naquele maldito bar, você sabe que ela não está mais com Felip, e com mais ninguém! Você sabe tudo dela, o que mais você quer saber? — eu estava estranhamente calma demais, paciente demais, então ele finalmente olhou para mim.
— Eu queria saber se ela iria ao enterro do meu pai comigo. — Oh céus! Ele estava falando sério? Minha boca se abriu.
Oh!
Ele só veio aqui hoje por causa disso! Por causa dela!
Seu nariz franzido e seus olhos apertados o entregou!
— Agora você passou dos limites. — minhas mãos estavam nos bolsos de trás do meu short jeans. Eu dei dois passos para trás, como se ele tivesse dado um soco em meu estomago. — Você veio aqui por causa dela, não veio? — minha boca estava aberta em incredulidade, eu recuei mais dois passos para trás, negando com a cabeça. Meu Deus!
— Demi... — seus dentes se mostraram para mim.
— Diga! — gritei.
Ele deu passos para frente, tentando me alcançar; eu estava com nojo dele!
— Diga! — de novo.
— Nã... Si... Um pouco. — Oh céus.
— Você tem o número dela, ligue para ela você mesmo. — cuspi as palavras. — Espero que o tio Chris goste de ter uma completa estranha no enterro dele, e que a morte dele esteja servindo de desculpa para o filho covarde dele se aproximar de uma garota que sempre o enxotou como um lixo. — Ian tentou segurar minha mão, mas eu puxei a mesma com força para longe dele. — Não toque em mim! — gritei, minha mãe apareceu preocupada na porta. — Tenha bom proveito, Ian. Crie coragem ao menos uma vez na vida! — aproveitando a porta aberta pela minha mãe, eu corri para a mesma, entrando em casa e correndo para meu quarto, fechando a porta em um chute e me jogando na cama.
Por sorte, eu ouvi minha mãe discutindo com Ian para ele não entrar.
Por sorte, eu ouvi a porta sendo fechada.
Por sorte, ninguém me perturbou.
Minha mãe sabia que eu queria ficar só.
Ela sabia que eu choraria e desabaria.
Mas ela também sabia que me reergueria sozinha, por que ela sabia que a filha dela era forte, e que eu só precisava cair para poder se levantar.
Continua...

Oh. My. Gosh! Look. At. Her. Putt! hahaha Entendedores entenderão.
Vamos lá... Ultima vez que eu postei o capítulo de SxR foi dia 26, quarta-feira; hoje é dia 2, terça-feira, quase quarta né? Não sei bem qual dia, ou se vai ter um dia certo para eu postar, mas eu sei que no mínimo, eu vou deixar um capítulo por semana, fechô? Por hora, isso é só. Eu vou avisar na page do site sempre quanto eu postar, por isso, curte lá >aqui< ;) 
E... Vai vir novos posts no site, colaborações estão sendo feitas, e eu estou vendo parcerias, portanto, orem por mim haha D: Por que só Deus na causa. 
Nem sei o que falar para quem comentou na minha ultima postagem de SxR, por que sinceramente, eu não sabia que ainda tinha pessoas maravilhosas que ainda me apoiam. 
Respondendo...
Thatha! <3 Vida! Dramááááática haha Mas quem sou eu pra falar, né? kkkkk Obrigada por me apoiar sempre gata, e pelos teus comentários fodásticos kkkk <3 
Nessa, hahahaha o resto está aqui \õ/ Espero que goste, obrigada por comentar <3
Cissi, minha portuguesa <3 Saudades de você! É tão bom ver que você ainda está por aqui, obrigada, por tudo!
Vi, gostosaaaaaa! Vi sendo Vi <3 Obrigada por comentar gatona, pelos esporos, pelo senso de humor, por tudo <3 Stay with me!
Ale T.T Meo Deos, que saudades T.T É tão booooom saber que você continua comigo... Obrigada <3
BEIJO PARA TOOOOOOOOOODAS, SUAS GATAS SEDUZENTES! 
Até a próxima ;)