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27 de nov. de 2013

A Esquizofrênica - Capítulo 12

Meu pai.

¾ Demetria! ¾ exclamou ao recebê-la.
¾ Kondor!
Depois de uns minutos em um silêncio barulhento, Kondor pigarreou e sentou-se no sofá ao lado da garota.
Lovato se viu olhando alarmada para as mãos o homem a sua frente.
‘’Sem papel’’ constatou.
¾ Demetria. ¾ capturou as mãos enfaixadas da menina entre as suas. ¾ andou recusando os remédios? ¾ elevou uma sobrancelha. A menina assentiu. Ele sabia, era claro; mas desejava ouvir isso dela.
Demetria Lovato, 16 anos. O que há de errado nisso? Bem, é claro, nada; tirando o fato da esquizofrenia e coisa e tal. Mas havia um detalhe; um detalhe no qual Demetria nunca quis saber. E era esse tal detalhe que a levou a sentir o cheiro de lavanda antecipadamente.
¾ Diga-me: o que faria quando saísse dessa clínica? ¾ isso a pegou desprevenida. ¾ Digo; você sabe. Quando você completasse dezoito anos e pudesse sair daqui caso quisesse. ¾ ao vê-la ainda confusa, fez a pergunta mais diretamente. ¾ Para onde iria?
Ela estava completamente chocada! Nunca havia pensado nisso antes. Quer dizer, procurava nem pensar nisso! Não tinha mais pais, já que eles morreram. Mas é isso?! Acabou para ela?
Não. Mas Lovato queria que sim; que isso acabasse com ela.
Mesmo sem nunca ter vivido de baixo da asa da mãe, vivera com ela. Vivera com ela do modo mais intenso possível! Vivera com ela dentro do coração. E a noticia da mesma ter morrido apodreceu-a de saudade.
E com a noticia fatídica, bastou. Ela entrou em seu mundinho repleto de angustia e fúria. Ela se afundou sem pensar em como, ou por que. Ela não pensou em mais nada. Ela nem queria pensar! Deixou à doença lhe levar para longe. Apresentou-se formalmente a esquizofrenia, uma coisa que ela tentava ignorar. E com a ignorância, a esquizofrenia guardou rancor e angustia da menina para quem ela estava estendendo a mão. E na hora que a menina segurou na mão da doença para cumprimentá-la, a mesma a jogou em um quarto; apagou a luz, fechou as janelas e jogou todos seus sentimentos na cara da garota. Deixando só um papelzinho.
‘’Seus pais morreram, pirralha! ‘’ gritava para a menina encolhida chorando. E assim Demetria ficou. Só; no escuro, chorando, com um papelzinho na mão.
‘’Sua mãe morreu. Desculpe. ’’

Bem; Lovato nunca conhecera o pai, então era o mesmo que ambos estarem mortos. Seu pai e sua mãe. Mas como?
Ela não queria saber.
Ambos abandonaram-na.
¾ Eu não pensei nisso. ¾ respondeu.
¾ É aonde eu queria chegar, querida. Você nunca pensou nisso! ¾ sorriu e se levantou, dando voltas na sala.
¾ Você nunca pensou se tinha irmãos. Quer dizer, você está aqui há dez anos! ¾ empolgou-se. Ele estava indo longe demais. Demetria marcou o maxilar. ¾ Você nunca pensou onde está seu pai. Claro, uma pessoa sempre tem pai. ¾ esclareceu, juntando as mãos e entrelaçando-as. ¾ Você nunca pensou quem paga sua ‘’estadia’’ aqui! ¾ ele parecia deslumbrado! Isso era novidade para ele também?
Sim, era. Ele nunca sabia de onde vinha os fundos mandados para a clínica, destinada á Drmetria Lovato. Mas semana passada ele finalmente descobriu! Recebeu um telefonema em nome de Gale Fletcher, pai de Demetria!

¾ Doutor Kondor? ¾ uma voz masculina soou no outro lado da linha.
¾ Eu mesmo. Quem fala?
¾ Gale Fletcher, pai de Demetria Lovato. ¾ pigarreou, ele chorava?
Kondor, que anteriormente encontrava-se sentado em sua cadeira, levantou-se chocado.
¾ P-Pai de Demetria? ¾ gaguejou, ele não estava acreditando.
¾ Sim. Eu gostaria que o senhor me ajudasse.

¾  O senhor está dizendo que me pai ligou para você? ¾ arregalou os olhos.
Ele sorriu.
¾ Estou. ¾ assentiu. ¾ E digo mais: Ele deseja lhe ver!
Basta.
¾ Não.
¾ O que? ¾ engasgou com a saliva.
Parece que para ele, suas glândulas salivares estavam fazendo um bom trabalho.
¾ Não. E se me der licença, eu preciso sair.
E saiu. Bateu a porta forte!
Com o coração na mão, jogou-o contra a parede.
Quem ele pensa que é?
Quem ele pensa que ela é?
A casa da mãe Joana que não, e muito mesmos aqui.
Ela é a esquizofrênica. E aqui é uma clinica de reabilitação, se ele não sabe...
Continua...
A Demi ficou revoltada kkkk Hum... Pai de Demetria? O que será que isso vai dar? haha Esperavam por essa? Não? Ainda vai ter muita coisa que vai surpreender vocês. E eu estou AMANDO isso! 
Cara, ainda tem muita coisa por vir. E, eu não adaptei o nome do pai da Demi por que tipo... Quem eu botaria? O tio Eddie? O Patrick? Nick Jonas? Pra vocês pensarem besteira e ficarem na expectativa/dúvida em relação dele com a enfermeira que é a Selena? Uma coisa que nem eu nem vocês sabem se verdadeiramente vai acontecer? Por que vocês sabem... Nick... Mais Selena... Par romântico no ar kkkk E eu verdadeiramente... Entenderam? kkkk Não? Então deixa para lá! haha 
Desabafo On:
E tipo, não era para eu ter adaptado nem a Selena! Que o nome da personagem original é Kloe... Personagem original na estória que EU estou escrevendo, já vou esclarecendo para não vir alguém aqui e me acusar de plágio de algo que é meu o.O Então... Minha amiga, até falou tipo, que ficou meio coisado(um verbo novo) eu ter adaptado os meus personagens originais para os famosos. E era para eu ter deixado os meus personagens. Bem... Se eu concordo? Sim. Mas eu adaptei por que o site surgiu a partir de estórias Jemi, e eu acho que perderia todo meu público se mudasse... :/ Se eu me sentiria mais confortável se deixasse meus personagens originais? Eu me sentiria mais confortável se eu não perdesse leitores! Mas sim; eu me sentiria. Por que eu sentiria que o povo estaria lendo isso por causa da estória em si, irrelevante se a Demi ou o Joe estivessem como personagens. Ah, qual é?! Eu estou desabafando e sendo franca com vocês por que eu acho que vocês merecem saberem a verdade. Eu, particularmente, quando leio livros, não sei vocês, as vezes imagino a Demi e o Joe ali, por que já li muitas fics Jemi e me acostumei. Mesmo que o nome seja diferente, eu sei identificar o Joe e a Demi, entendem? kkk Sou a única? Agora pronto; se em ''A Esquizofrênica'' fosse escrito com Luci no lugar de Demi, no lugar do Joe fosse o Frankie, e no lugar da Selena fosse a Kloe. Vocês não conseguiriam imaginar e distinguir que a Demi é a Luci e que o Joe é o Frankie? Mesmo se eu não fosse a autora, eu conseguiria. Um argumento pode ser: ''Ah, Becca. É que com Demi e com o Joe, escritos nos personagens certos, eu posso ter certeza que aqueles personagens acabaram juntos.'' Negativo. Não pense assim, minha jovem. Eu, sinceramente, não gosto de ter certeza de uma coisa quando leio. Por que não sei vocês, mas eu gosto de me surpreender na leitura. Por que você acha que a gente quando tá lendo livro não vai logo para a página final? Por que a gente não quer já saber o que vai acontecer no final, por que isso perde toda a graça da leitura! Não, não estou agredindo vocês e nem falando que AGORA vou mudar. Não. Estou expondo argumentos e explicando-os para reforçar minha opinião. Sei... Esse meu jeito de fazer isso já me fez perder várias amizades, e creio que várias leitoras já. Pareço meio rude, desculpe.
Mas iai?! O que verdadeiramente acham sobre isso? Me falem pelos comentários, por favor. Eu quero saber, e agora é minha vez de ouvir... Ops... De ler :) 
Agradeço quem leu meu sermão ai de cima kkkk E peço desculpa pelo meu momento de revolta kkk Me influenciei pela Luci, sabe... Ops; Demi :D 
Beijos gatas e gatas seduzentes ;* 
Amo vocês!

26 de nov. de 2013

Desengonçada.

      Não importa o que eu faça, eu sempre vou cair. Olho para o espelho a minha frente e vejo-me uma desengonçada, uma coisa que verdadeiramente sou, já que vivo caindo. Mas minhas quedas levam não só meu corpo quebrado ao chão, mas também meu coração desengonçado.
Sinto o cheiro dilacerante da minha dor, sinto a temperatura elevada do meu sangue escorrer sobre minha pele, sinto tanto... Dói-me tanto. Sou um patinho desengonçado dentro d’água, navegando em sua própria dor, velejando em seu próprio sangue, sendo soprado pela sua própria amargura. Essa sou eu, essa menina desengonçada que você vê na rua e a perdi de vista como só mais uma em meio à multidão. Mas é essa mesma menina que fica encolhidinha dentro do banheiro, chorando escondida e apreciando o seu próprio sangue em sua própria pele como uma válvula de escape.
No chão empoeirado de meu quarto, suspiro por finalmente cair, franzo a testa pela dor ardida que me consome. Mais uma vez. Gaguejo com meu próprio sangue em minha boca, depois o cuspo no chão como a vida fez comigo. Preparo-me para levantar do chão com meu corpo quebrado, e como de costume, continuo a andar na vida que tanto me inveja.

Como Sempre.

Um dos inúmeros textos que escrevo está em minhas mãos, um texto de amor, como sempre, um texto para você, como sempre, um texto do que eu sinto por você, como sempre, um texto de como você enfia uma faca em meu coração olhando em meus olhos... Como sempre.
Admirando as letras do meu coração transcritas no papel, percebo o quão tola estou sendo por chorar por você novamente, por me deixar ser machucada por você novamente, por mesmo não querendo, imagina-lo beijando-me, imagina-lo novamente... Como sempre.
Amasso rancorosamente o papel em minhas mãos com a cena típica da minha traição em meus olhos. A cena de uma épica amizade adolescente palpitando em minhas pupilas, incomodando-as, me fazendo chorar por algo que um dia ajudou-me e rendeu-me boas gargalhadas, mas que agora, incomoda-me por eu ter sido tão tola, por eu ter sido tão traída... Como sempre.
Fiquei sozinha. Com meus textos a minha vista e com a ilusão palpitando em meus olhos. Com meus olhos doendo, apertei meu punho onde o meu texto amassado estava e joguei para onde meus outros textos estavam. Risquei um fósforo e a faísca que deu inicio ao fim dos papeis foi o alivio da minha alma. Fiz algo inédito na minha vida: Esquecer o passado e viver o presente, pois o futuro me aguarda.

Bebê Crescida.

 Sempre fui vista como a menininha. A bebê crescida, mais ainda bebê. Aquela que pode crescer o tanto que crescer, mas vai continuar bebê. Os outros me olham com outros olhos, olham com olhos de críticos hipócritas e que só dão valor a casca. Isso que eu sou, uma casca. E eu estou perdendo-me dentro dela.
O pior de tudo, é que eu não sei nem por onde começar a me resgatar. Sinto que me perdi em meu medo, e minha solidão empurra-me para baixo quando eu tento sair do fundo do poço que renomeei para meu quarto. Medo da sociedade, medo do mundo, medo de mim, medo do que o mundo me transformou e suas dores me calejaram.
Afasto quem está perto de mim, por que mesmo eles me vendo como esse bebê, inofensiva, eu sei o mal que eu posso causar, o mal que eu estou me causando com esse medo de me assola. Tento pular para ver a superfície do buraco que me enterrei.
 Ajoelho-me, fecho os olhos fortemente e grito por socorro do fundo da minha garganta. Quando eu abro os olhos, vejo que estou no meu quarto, no escuro. E percebo que eu estava tampando meus próprios olhos, como uma verdadeira bebê no escuro com medo do mesmo. Apoio minhas mãos no chão duro, levanto-me buscando forças do meu âmago e ergo a cabeça ao me levantar provando que estavam enganados sobre mim. Que eu não preciso de ajuda para me levar como uma bebê, e, que mesmo com o julgamento ao meu redor, eu continuo em pé, mesmo com solidão e o medo me medindo ao andar.

Eu fui entregue.

        Eu fui entregue sem minha própria permissão, essa foi minha perdição. Violaram-me, roubaram-me, rebaixaram-me, e me restou pouco, minha essência creio eu que não acabou e que nunca acabará, o porém, é que eu não me deixo transparecer, eu estou me aguardando para mim mesmo, estou sufocando-me.
     Sou como um vidro translucido, quando a escuridão não está por perto eu me deixo transparecer, um pouco, mas é o meu pouco. Já passei tanto tempo aprendendo a não ser eu, que eu já me acostumei a oprimir-me, a sentir tanta saudade, saudade de mim, de quem eu costumava ser.
     Havia dons em mim, dons que eu já me esqueci, ou que eu fui obrigado a esquecer. Em meu antigo ser humilhado, eu era exaltado, mas agora, o que sou? Quem eu sou? Quem me tornei? Antes eu era usado para exercer os dons que Deus me deu, agora sou obrigado a não mais isso, sou obrigado a exercer algo que não sou, sou obrigado a exercer algo que me tornei.




(Esse texto foi um pedido, ok? Não é para mim, mas tem um pedaço de mim ai :D Mas graças a Deus, estou exercendo o dom que Ele me deu, que é escrever ;)

Meu Muro.


     ‘’Oh, não! Não me ame!’’ repito como uma reza, automaticamente, em um clamor para mim mesma e para as pessoas ao meu redor... Para ele.  ‘’Oh, sim. Deixe-me lhe amar. ‘’ Peço para ele, ou ao menos, penso que peço. Nunca fui de me importar com perdas, não aparentemente. Nunca fui de me importar, não aparentemente. Sou uma pessoa feita de pedaços. Cheia de cortes por dentro. Mas nada aparentemente...
Tento segurar meus pedaços e tirar de dentro de mim, para mostrar para o mundo... Mostrar para ele, para o mesmo saber que eu me importo; saber que tenho um coração que o ama desesperadamente, saber que não sou fria e indolor como aparento, para ele saber que tenho sangue correndo em minhas veias que está em chamas, clamando por ele, clamando para ele acalmar-me e me aliviar dessa pressão que estou sentindo. Angustiada e magoada aparentando calma. Só aparentando.
As promessas, os erros, as magoas, a dor e o sofrimento estão ressurgindo para lhe dar tchau enquanto vemos você partir. Meu ultimo pedaço... O pedaço que faltava para eu me construir novamente. Desmoronei. Desesperada em ter que construir tudo de novo, o muro que construir entre eu e o mundo. Entre eu e meu eu aparente... E mesmo sem querer, entre mim e você.
‘’Oh, sim. Deixe-me lhe amar. ‘’ repito, de novo, inutilmente. Estou atrás do muro acompanhada com minhas dores e culpas, vendo você partir. Minha culpa está segurando-me, impedindo-me de derrubar minha parede de orgulho e correr atrás de você. Fecho os olhos fortemente. ‘’Oh, sim. Deixe-me lhe amar. ‘’, ‘’Oh sim, me ame!’’. Abro os olhos novamente e ele está lá. Seus olhos sorridentes me apreciando. Seu sorriso bobo me enlaçando. Meu muro. Meu muro entre eu mesma e meu eu aparente. 

Pensando bem.


     Ficar em um mundinho só seu deveria ser bom. O problema, é que eu me tranquei nele com medo do mundo lá fora. Com medo de que me vissem e ficassem horrorizados. E pior, eu estou presa sozinha, apenas com um espelho que me mostra como me deixo ser para os outros. Só. Presa; e com medo de me libertar.
Penso demais para me deixar levar. Penso demais para saber que o melhor a se fazer é ficar presa no meu mundinho, longe de mim e apenas assistindo por meio de um reflexo no espelho minha vida passar; sem ninguém notar que quem está com eles não é verdadeiramente eu.
Aqui, presa, tenho bastante tempo para pensar. ‘’Como eu vim parar aqui?’’, ‘’Onde está a chave do meu mundinho?’’. Sentada no chão da minha prisão e em frente ao espelho, assistindo-o, e rondada pelos meus próprios pensamentos. Fechando os olhos, eu sinto. Eu não estou só. Meus pensamentos estão depositados aqui; presos comigo. Nesse tempo todo, eu estava sendo manipulada por mim mesma; acreditando que quem estava vivendo minha vida era o meu reflexo atrás do espelho. E não. Quem estava vivendo minha vida é e sempre foi eu. Sentada, deprimida e pensativa... Só.
Meu reflexo no espelho olhou para minha face, e abrindo os olhos, pude perceber sua expressão de agonia. Pensando bem... Não deve ser tão legal lá fora.  Ela apontava freneticamente para atrás de mim. Eu, com medo de olhar, relutante virei para trás. Oh! A porta estava e sempre esteve aberta. Eu só tinha que parar de pensar e abrir meus olhos.
Indecisa e confusa entre cruzar aquela porta e sair dessa prisão para enfrentar o mundo a fora. Pensando bem... ‘’E se eles me fizerem voltar para cá novamente?’’. Em um ato rápido, joguei uma pedra no espelho atrás de mim que gritava em desespero e depois de sentir os cacos de vidro bater em minha pele, olhei para minhas próprias mãos. Oh! Essa sou eu. Eu voltei para mim! E em outro ato rápido, fechei meus olhos e corri rapidamente. Sem pensar... Sem me martirizar por ter feito uma escolha e não outra. 

Trechos.


''O grito mais gostoso de ouvir, uma melodia para a garganta, um relaxante para a voz e um terremoto no abdômen. Gargalhada. Uma coisa tão simples e que pode encobrir o pecado mais sombrio que existe. O suicídio. Um grito de socorro, uma música melodramática, um ácido para a garganta, um terremoto no coração.''



     ''Eu e você prometemos, se lembra? Enquanto nos abraçávamos, ainda quando crianças, na escola, embaixo da mesa do jardim de infância enquanto brincávamos de esconde-esconde: ''Amigas'', eu disse. ''Para sempre'', você completou. Até hoje eu me lembro, agora mais crescida, mas a mesma criança de sempre, quando estou deitada. E até hoje eu ainda choro, agora mais crescida, mas a mesma criança de sempre, me lembrando de como era. Nunca tive a mesma sorte que a sua, sempre fui aquela que você ajudou me fazendo rir, sempre fui aquela que olhava enquanto você brilhava, sempre fui aquela que atrás de você, chorava como a criança que sempre fui, mas sempre sorria quando lhe via para me fazer rir, para ser minha melhor amiga. E agora, mais crescida, recordo-me de como foi e me lembro de como está, e como a mesma criança de sempre, eu choro.''

(Fatos reais ~choro~ hehe')


''O sucesso vem dai... Para preencher o vazio. Não observe se sou boa em alguma coisa, observe o tamanho e a imensidão do meu vazio que me comprime, pois a partir dai, você saberá um grão do por que estou tentando caminhar para o sucesso. Para preencher-me. ''



     Ficar num mundinho só seu devia ser bom. O problema, é que eu me tranquei nele com medo do mundo lá fora. Com medo de que me vissem e ficassem horrorizados. E pior, eu estou presa sozinha, apenas com um espelho que me mostra como me deixo ser para os outros. Só. Presa e com medo de me libertar. 


     Sim, ela sabe o mal que me faz.
     Ou então ela se faz.
     Sim, ela sabe o que eu faço.
     Ou então se faz.
     Sim, ela sabe o efeito que tem em mim.
     Ou então se faz.
     Eu sou muito transparente.
     Não consigo me encobrir quando estou com ela.
     Ela me manipula, me prende nas cordas do meu próprio coração.
     Mas ela não me conhece mais.
     Nem eu me conheço mais. 


     Eu estou correndo para longe dela, ela está perdendo-me nos mínimos detalhes. Ela esta me perdendo de controle. Eu estou me perdendo de controle. Não quero mais ser a segunda opção de ninguém. Cansei de correr atrás dos outros, agora vou correr atrás de mim, por que agora eu percebi: estou me perdendo de mim mesma. Antes eu me deixei ir por você. Agora? Eu lhe deixo ir por mim! Se você não correu atrás de mim, eu corro, por que eu preciso me buscar. Mas eu não vou voltar. Antes eu corri atrás de você. Agora? Correrei de você! Boa sorte sem mim.

Apenas lembrando que todos os textos ou trechos desse site fui eu que escrevi :)

Ouvi dizer.


Sei o que todos acham a meu respeito, todos os julgamentos, todos os cochichos, e mesmo que eu diga que isso não influencia em mim, minha mente diz ao contrário, ou ao menos agora. Aqui, na sua frente, sentindo seus lábios contra os meus. Será que você pensa sobre mim a mesma coisa que as outras pessoas pensam? Será que você pensa que sou apenas um brinquedo? Sem sentimento? Sem caráter? Você só quer me usar? Ouvi dizer que você não ama... Ouvi minha esperança dizer que isso pode dar certo... Qual eu devo ouvir? Em qual aposta devo depositar os restos do meu coração?
Ouvi dizer que isso que nós temos é precipitado, antecipado, que está acontecendo tudo muito rápido. Ouvi meu coração dizer: ‘’Cuidado, eu estou muito quebrado. ’’ Me ouvi dizendo: ‘’Eu te amo.’’ Mas lembrei... É muito cedo. Eu só não quero pular de cabeça, mas olhei para trás e vi a esperança me derrubando no precipício, vi como éramos antes... Não devo esquecer. Isso pode dar certo. E enquanto eu caio, a felicidade me acompanha. Observando meu rosto alegre enquanto nós caímos com os cabelos ao vento.
Cai. Isso deu certo? Isso deu errado? Ele me segurou? Ouvi dizer que sim... Ouvi dizer que não... O que devo ouvir? ‘’Ninguém. Ouça apenas a você mesma. ‘’ O homem a minha frente falou, sorrindo depois de me beijar. ‘’Aceita namorar comigo?’’ 

Eu sou meu resto.


        ‘’Por favor, não me deixe só, eu preciso de você aqui comigo. ‘’ Eu peço para mim mesma, no fundo de meu ser coberto em pó. Desmoronei e estou tentando andar com meus escombros em minhas mãos.  A cada pedaço que vou pegando, vejo pedaços de minha vida quebrados, fazendo cortar-me e pesando-me cada vez mais. Vejo tudo escuro. Desmaiei. Cai. De novo. Sozinha. Em meu próprio pó.
Sinto-me só, fria e pesada. Inútil e desprezada. Um peso desnecessário de levarem. Convulsiono meu corpo pelo impacto das pancadas que estão dando em meu corpo morto. Estão me fazendo sangrar com minhas próprias dores. Batendo-me com as pedras do meu próprio escombro. Fazendo-me esquentar lentamente, mas discretamente. Obrigada, vocês me libertaram de mim mesma. Suas pancadas quebraram a casca que visto e libertaram-me.
Ainda com meus pedaços em meu corpo; levanto, pois percebo que mesmo com esse peso, sou leve para voar, mas pesada para cair. Sou alto e baixo. Lindo e feio. Perfeito e imperfeito. Sou meu resto. O resto de meu corpo destruído por uma explosão, causado por uma bomba que eu própria criei; que eu própria estourei. 




Amo esse texto *-* E vocês?

Só eu.

     Estou tão exausta! Minha vida está desmoronando aos meus lados e eu estou assistindo de camarote, sem ter para onde correr para proteger-me dos escombros caindo, sem ter ar para respirar. Só pó, só desastre, só ilusão, só eu. Uma residência descartável onde poucos entram e muitos saem. Principalmente eu.
A cada visita que recebo, me perco. A cada conversa, me perco. A cada despedida, me perco. A cada ausência, me perco. Ultimamente só estou me perdendo, me machucando, me sufocando por não ter ar limpo para respirar. Só escombros e restos de mim por onde olho. Só eu.
Essa sou eu: aquela menina alegre, que faz muitos rirem e se alegrarem. Mas que ninguém sabe o que eu faço quando estou longe, sem ninguém para me ver e me impedir. Só eu. Uma menina alegre que tem muito a contar. Uma menina que virou mulher muito cedo e de uma forma que ninguém merece. E em pensar que essa mesma menina só queria uma vida normal, tinha um jeitinho especial, um jeitinho único, brilhante! E que agora, ela guardou tudo só para si, bem no fundo do seu corpo, para ninguém roubar ou reclamar.
Adicionar legenda

Minha Criança.


     Brilhante, encantadora, feliz, sorridente, contagiante, risonha. Essa era eu. Perdi-me em meu novo mundo, em minha idade, no meu sofrimento e em meu medo. Estou gelada por fora, como um cubo de gelo, pois o medo me congelou, me desencantou, me abalou, me matou, matou quem eu era.
Parei de acreditar em mim mesma, enquanto vejo minha ruína e meus problemas em uma tela de cinema, o medo furtou quem eu era, prendeu-me na cadeira e deixou-me assistindo minhas catástrofes. Acredito que não tem saída e um caminho para meu verdadeiro eu. Estou presa nas cordas de minhas lembranças, me machucando, me fazendo jorrar lágrimas.
Estou tão cansada que só quero sentar e chorar na esperança de que com minhas lágrimas o cansaço se esvaia. O medo está me tirando forças para quebrar as cordas que me prendem, me fazendo fechar os olhos para o verdadeiro eu que me admira chorando, me esperando. E me fazendo abrir os olhos para a tempestade que acontece em meu peito.
No meu último fôlego, suspiro e deixo minha cabeça tombar. Estou cansada de fazer força na tentativa de romper minhas cordas. Estou morta. Enquanto só vejo escuro, sinto as cordas se afrouxarem, se soltarem, e alguém me abraçar forte, lavando meu rosto com lágrimas.
É meu verdadeiro eu, minha criança que nunca cresceu e se escondeu com medo, com medo do mundo novo, com medo de como eu tive que crescer: tão rápido, tão de repente, por pressão, imposição. Com medo do que me tornei. Com medo de mim mesma.

Camisa de Força.


      Estou entrando em pane. Meu corpo se convulsiona em um colapso. Céus, eu estou entrando em chamas! Tento mexer meus braços, mas percebo que eles estão presos em volta de meu corpo em uma camisa de força. ‘’Eu não estou louca! Eu não estou louca! Eu não estou louca! Apenas perdida. ’’ Tento gritar, mas nada sai de minha garganta a não ser pedido de socorro. “Socorra-me!”. Finalmente falo.
Grito do fundo de meu âmago, mas ninguém está lá para me ouvir; eu os afastei de mim. Olho ao redor paranoicamente, tentando avistar alguém para desatar minhas ataduras e levar-me para casa longe desse hospício assombroso. Para levar-me para mim novamente. Libertar-me dessa camisa de força que me prende e me abraçar. Mas ninguém está ali; só eu e minhas ausências.
Tenho medo de dormir. Encolho-me no canto da sala em que estou e continuo olhando para os lados, amedrontada. Fecho os olhos fortemente e abro logo após em um solavanco. A porta está aberta, mas ninguém está entrando. O lugar está vazio assim como meu corpo, mas o clima está pesado assim como meu coração. Descanso minha cabeça na parede e admiro a porta aberta.
Finalmente adormeço e sonho com o que estaria por trás daquela porta. Quando acordo, determinada, sigo em direção a mesma e olho desconfiada para o vazio que atrás dela habita. Dou um passo para frente e sinto as mangas da minha camisa de força afroixarem-se. Corro para ver se a camisa finalmente cai e me liberta. Acabo caindo e uma mão estende-se para mim.
Eu não saiba o que havia atrás daquela porta, mas sabia o que eu queria encontrar. Tinha medo de certificar e colocar em prova minhas dúvidas. Eu nunca estive presa com uma camisa de forças, era meu coração. Eu nunca estive presa, era meu coração. E eu não queria coloca-lo em prova e correr o risco de machuca-lo novamente, e com isso, acabei machucando os que me esperavam no final; me esperavam criar coragem e correr atrás. 

Meus cacos de vidro.


      Ultimamente estou fazendo muita escolha errada, colocando meu coração de vidro em jogo e o lançando para o alto, esperando alguém pega-lo, esperando alguém resgata-lo. Mas ninguém foi; ninguém teve o interesse de segurar. Ele quebrou. E agora, na minha cama, sinto os cacos de vidros palpitarem dentro de mim, fazendo uma pressão terrível, rasgando minha alma; sufocando-me.
Observando o teto e deitada em minha cama, sinto os cacos de vidro dentro de mim movimentando-se, abrindo espaço para as lágrimas jorrarem inicialmente em conta gotas pelo canto dos meus olhos e molharem meu travesseiro exausto pelo peso do meu vazio. Estou morrendo e ninguém está ligando.
Durmo exausta pelo choro e penso que finalmente desmaiei tamanha a dor que sentia em meu peito. Infelizmente, acordei e as lágrimas voltaram junto com as lembranças. Trajei um sorriso em meu rosto e levantei, fazendo meus cacos de vidros se moverem, e a cada passo que dou, eles me cortarem; no fundo da alma, nas minhas retinas, em minhas entranhas, em minha pele. Matando-me, me sufocando, me ferindo a cada passo. Mas acima de tudo, enganando a todos que acreditam no sorriso trajado em meus lábios cansados de sibilar pedidos de socorro.

Minhas Lembranças.


Durante toda minha vida, procurei não sentir nada; eu já sentir muito, eu já me machuquei muito. Mas ai vem você; com seus cabelos que enrolaram meu coração. Com seus olhos que iluminaram minha alma. Com seu coração que acordou o meu. Com seu sorriso que me obrigou a olha-lo. Olhar minha destruição.
Você me enfeitiçou e me fez construir-me para logo depois derrubar-me. Até hoje me pergunto: ‘’Por que fez isso?’’. Só não pergunto para você porque você não está mais aqui. Você se foi e me deixou aqui, quebrado; cansado demais para me construir novamente. Você me deixou aqui... Vendo-a partir. Vendo-a me destruir.
Abro os olhos e acordo para outro pesadelo. Não deveria ser assim. Eu já tinha me camuflado e você me achou, me fez sentir novamente. Na minha cama, ouvi uma discórdia acontecendo em casa. Mas era só minhas lembranças... Assim como você.

25 de nov. de 2013

A Esquizofrênica - Capítulo 11

Meus defeitos.

Depois de muito pensar, a garota levantou do banco e foi atrás de Joseph. ‘’Agora é a vez dele de ter seus problemas jogados na cara. ’’
Todos têm problemas, erros, defeitos; mas isso não quer dizer que precisamos ter eles jogado na cara, e muito menos que não sabemos da existência deles.
Mas para o desapontamento e frustração da garota, a sirene indicando que é hora do almoço soou em seus ouvidos. A contragosto, girou os calcanhares e caminhou em direção ao quarto, bufando. Abriu a porta e jogou-se no sofá, esperando Selena entrar com seu almoço para poder voltar logo ao jardim. Quando a porta se abriu, sentou-se rapidamente e com a bandeja nas coxas, devorou a comida.
¾ Calma, Demetria. A comida não vai fugir. ¾ a enfermeira alertou, brincalhona.
Mas Lovato não estava com medo da comida fugir, e sim de outra coisa fugir. Mais precisamente uma pessoa; mais precisamente Joseph!
Ok, não dava para fugir. Mas ela queria vê-lo!
Ao ver que a menina nada respondida, suspirou e sentou-se na cama.
¾ Doutor Kondor deseja vê-la hoje.
Demetria franziu o cenho em confusão. ‘’Mas hoje não é sexta. O que ele quer comigo?’’ Então ela sentiu a comida coagulando em sua garganta. Oh! Forçou-se para engolir.
¾ Algo errado? ¾ Gomez estranhou, ajoelhando-se na frente da menina.
Merda.
Demetria forçou novamente a garganta. De repente sentiu como se sua saliva tivesse secado e suas glândulas salivares estivessem querendo tirar uma com sua cara. Faça sua função, produza saliva! Mas já era tarde, a garota começou a enguia. Colocou uma mão tampando a boca e com a outra colocou a bandeja que anteriormente estivera em seu colo, no sofá. O flashback do papelzinho que doutor Kondor lhe deu passou por sua mente e segurou em sua laringe, forçando a comida voltar pela boca. Curvada, correu até o banheiro e ajoelhou-se no lado do vaso sanitário, jogando para fora tudo que o tinha comido. Forçou novamente a garganta, querendo vomitar também as memórias em sua mente. ‘’Mãe!’’ A nostálgica da menina clamou.
Selena, com seus olhos sensíveis, correu atrás de Demetria a encontrou-a segurando nas laterais do vaso sanitário, vomitando. Segurou os cabelos da menina e esperou pacientemente ela se acalmar. Mas não foi isso que aconteceu. Depois de Lovato terminar de vomitar, limpou a boca com a manga comprida da blusa e chorou rancorosamente, como uma cascata. Oh!
Escorou-se em uma das paredes do banheiro e relaxou o corpo, deixando seus olhos trabalharem o quanto quiserem. A mulher de cabelos de ferrugem sentou ao seu lado, mas sem toca-la. Fê-la companhia em seu momento de pureza e inocência. Foi uma honra presenciar esse momento. Por que no caso de Demetria, é raro. Muito raro. Assim como um sorriso.
Quando a menina parou de chorar, a enfermeira levantou-a e guiou-a até o quarto. De pé no meio do mesmo, levantou o rosto da menina e limpou suas lágrimas. Por fim, abraçou-a. Mas não foi retribuída. Demetria voltará a chorar. Essa foi sua retribuição.
¾ Selena. ¾ sussurrou. ¾ Não conte a ninguém, por favor. ¾ olhou no rosto da mulher, varrendo o rosto da mesma.
Vendo que a maior nada falou, continuou:
¾ Eu não fiz por mal. Eu não quis vomitar. Eu só... ¾ desviou o olhar. O olhar de Gomez incomodava-a, pois era terno. E a menina achava que não merecia isso. ¾ Eu só... Eu só me lembrei. ¾ deu as costas a mulher. Apoiou os dois braços na parede branca e soltou o ar pela boca.
‘’Por favor, não me pergunte o que eu lembrei. ’’ Apertou os lábios. Contendo-se para não falar o que tanto pedia em pensamento.
¾ O que você lembrou? ¾ aproximou-se da menor, como uma pessoa se aproxima de um animal selvagem. ¾ O que você lembrou? ¾ inclinou o rosto. Oh! Não pergunte novamente! ¾ O que, Demetria?
Ela explodiu. Os cabelos pretos oscilando nas costas e as mãos em punhos nas paredes.
¾ Eu me lembrei de que minha mãe morreu! ¾ gritou, virando para Selena com a feição enfurecida.
A enfermeira pensou em sair correndo dali ao vê-la se aproximar, mas a porta estava longe! Mas logo depois a menina voltou à realidade e saiu de seu mundinho particular repleto de mágoas e fúria. Ao ver a expressão de medo da enfermeira já encostada no criado mudo, arregalou os olhos. Ela não tinha culpa. E correu. Correu para longe dali. Correu até cair de joelhos na grama.
E esse também era um dos seus defeitos: Correr como sua mãe correu.
E mesmo sem querer, Demetria jogou isso em sua própria cara.
Continua...
    Uow, uow, uow. O tempo passou rápido, não?! Eu sei nem por onde começar. 
    Hum... Gostaram do capítulo? Eu ia postar mais um, só que já tá tarde e ia demorar mais ainda, por isso decidir postar logo. E nem vou postar os textos que decidir que publicaria hoje. Portanto, faço tudo amanhã. Ao menos 3 comentários nesse até amanha? Para que eu possa postar satisfeita? :D Sei que não mereço, pela demora e tals... Mas né...
    Ah, gente, me adicionem no facebook e redes sociais, eu não mordo, vamos conversar! Quem tiver whatsapp me mandem e eu adiciono vocês, ok? Assim vocês terão mais opções e possibilidades de me cobrar postagens hehe. Eu não fico braba com isso, ok? Isso até ajuda, serve de incentivo para mim ;) 
     Isso é só, pessoal. Um beijo e até o programa que vem, com mais um de onde veeeeeem! :3 (sempre lembro isso no fim das postagens kkkk tevê cultura é vida, ar, chão, tudo!)
     Beijos gatas e gatos seduzentes ;*

19 de nov. de 2013

A Esquizofrênica - Capítulo 9 e 10.

Meu Medo

Diferente da última vez que Demetria fora para o jardim, ela não estava tão ansiosa dessa vez. Selena percebeu isso, mas nada falou, sabia que a menina não iria contar. Lovato arrumou-se; vestiu uma calça comprida e uma blusa de manga longa, e levando em conta de que não estava frio, foi mais um fato para Gomez estranhar. Mas quem ela ia estranhar? Demetria ¾ a esquizofrênica! Não fazia sentido sentar com a menina para interroga-la do por que dela estar agindo de uma maneira estranha. Então, dessa vez decidiu que deixaria passar. Dessa vez.
Demetria caminhou calmamente até o jardim. Nos corredores, explorava o já conhecido. No jardim, enlaçou-se com o que já sabia que iria embora, a grama. Fechou os olhos esperando o tempo passar; lembrou de sua mãe, de Kondor, de Selena, de seu quarto. Mas enquanto pensava nisso, o menino ainda insistia em voltar para seus pensamentos. E Lovato pensou no que sempre sonhara em sentir, no que sempre lia em livros, mas nunca tivera a oportunidade. Paixão. Ela ansiava com todas as forças se apaixonar. Cogitará a possibilidade de estar apaixonada por Kondor! Mas logo depois perceberá que aquilo não era paixão. Era carinho; apenas isso.
E o mais engraçado; o que mais lhe chamou a atenção sobre o amor, é ele ser tratado como uma doença. Ele poderia ser descrito como uma doença, pois lhe era explicado claramente os sintomas, a definição, onde ele fica... Tudo! Assim como uma doença.
Essa era a única enfermidade que ela queria ter... Mas nunca teve, por que a oportunidade nunca surgiu. Impediram-na disso assim como a impediram de sentir suas lágrimas. ‘’Colocaram ataduras em meu coração. ’’ Concluiu.
Abriu os olhos em um solavanco e olhou ao redor, jurando ter alguém lhe observando. Andou rapidamente até um banco de praça que havia na sombra de uma árvore e continuou olhando para os lados. Era para ter alguém ali! A garota passou as mãos pelas coxas freneticamente, enquanto olhava para os lados, e com a ponta dos dedos, simulava estar arranhando o tecido. Ela estava suando frio! Pensou em gritar, mas repensou e decidiu que era melhor ficar calada. Ela queria sair dali, fugir para bem longe, mas ela não iria fugir dessa vez.
Respirou fundo na tentativa de se acalmar; inútil. Curvou-se e colocou a cabeça entre as pernas, respirando fundo, tentou se acalmar. Seu busto subia e descia pesadamente, como tivesse um peso nele. ‘’O peso do meu coração. ‘’ Lovato pensou, olhando para a grama.
Levantou a cabeça ao perceber que aquilo não adiantava, mas ao olhar para frente tentando focar a visão em algo para não gritar em desespero, teve a impressão que seu coração parou ao pousar os olhos no menino olhando-a confuso.
Oh céus. Ela iria gritar, ela queria!
Mas nenhum som saiu de sua boca.
Sua alma gritou.
Seu coração parou.
Ela enferrujou.
Ela encarou seu medo.

A Esquizofrênica - Capítulo 10

Meu problema.

Ela abriu a boca para falar algo.
‘’Não diga oi. ’’ Seu subconsciente gritou. Oh!
Ela fechou a boca.
Viu-o franzindo os lábios junto com o cenho e sentando ao seu lado, mas sem olha-la. Ela virou o rosto para frente.
Oh céus!
¾ Demetria. ¾ falou rápido.
Ele virou o rosto para olha-la, mas ela não desviou o olhar da grama.
¾ O que? ¾ perguntou ele.
Ele falou! Ou melhor, ele a acariciou com aquela voz de veludo.
¾ Demetria. ¾ repetiu. ¾ Esse é meu nome.
¾ Ah. ¾ fechou a boca, virando o rosto e olhando a grama.
¾ E o seu? ¾ perguntou depois de minutos em silêncio.
¾ Ah. Joseph. ¾ franziu os lábios novamente. ¾ Meu nome é Joseph.
Ela estava se pelando de medo! Ou era outra coisa? Pois se fosse, ela não sabia o nome disso.
’Por favor, que isso seja amor. ‘’ A garota fechou os olhos, clamando ao coração. Essa era a única oportunidade. O que nem era para existir! E também não queria sentir medo novamente. De novo não.
¾ Estão falando que eu sou louco. ¾ sussurrou para si mesmo, com as mãos entrelaçadas entre si, assim como a grama nos dedos dos pés da garota.
Ela olhou para ele. O que ele falou?
¾ O que?
¾ Estão falando que eu sou louco. ¾ inclinou-se para sussurrar no ouvido da menina, como se fosse o maior segredo do mundo.
Ela teve vontade de rir.
Ela teve vontade de rir!
Arregalou os olhos. Oh!
¾ Já falaram isso de mim. ¾ ela repetiu o ato dele, sussurrando no ouvido do mesmo como se estivesse contando o maior segredo do mundo.
Agora foi a vez de ele arregalar os olhos.
Ela sorriu.
Ela sorriu!
Ele derreteu.
¾ Verdade? ¾ perguntou ele, surpreso.
Silêncio.
¾ Você não parece louca. ¾ acrescentou, tímido.
Isso foi em elogio!
Outro terremoto no coração. Outra vontade de rir.
¾ Nem você. ¾ observou ela.
Ele era um pouco mais alto que ela, cabelos castanhos claros e olhos esverdeados. Ele estava vestido com uma camisa branca, o que deixava a mostra seus braços fortes com cortes vestidos de branco. Suas mãos estavam enfaixadas iguais as da garota, ou seja, até a metade dos antebraços e apenas a pontas dos dedos visíveis. Ao perceber que meus olhos corriam por seus braços, ele encolheu-se, como se ela o estivesse queimando. Lovato franziu o cenho e olhou para ele curiosa.
¾ Qual o seu problema?
Ele irritou-se.
¾ Qual o seu problema? ¾ rebateu.
Abriu a boca para falar alguma resposta petulante para ele, mas nada veio.
¾ Sou esquizofrênica.
Ele reagiu como se ela falasse que bebe água.
¾ Você acredita mesmo nisso? ¾ perguntou ele, se endireitando e olhando para a grama.
¾ Em que?
¾ Nisso tudo! Eu não acredito.
Estranhou. Ele está louco!
¾ Você está louco? ¾ perguntou.
¾ Qual o seu problema, garota? Você é que está louca! Pare de agir como se estivesse com uma doença terminal e aceitasse que irá morrer! Pois ninguém aceita uma coisa dessas, só se engana. Então pare de fazer isso.
Ele já estava irritado. Demetria deixou ele se exaltar o quanto quisesse.
¾ Você não está doente. Aceite isso.
Continuou:
¾ O seu problema é achar que está doente e aceitar isso. Você que é a louca aqui!
E ao terminar de exclamar, ele saiu.
Deixou-a só.
Deixou-a com o seu problema.
Continua...
     Para recompensar. Tomara que isso sirva para que vocês me perdoarem. Iai, estou perdoada? :D Espero que sim, por que... O Joe apareceeeeeeeeu! 



Sei que estou em debito com vocês, porem não vou prometer nada, por que sempre acontece algum imprevisto e dá bosta (¬¬'). Sobre responder os comentários, não é que eu esteja esnobe, arrogante, e que não respondo os comentários por que não quero. Não é isso! É que eu estou sem tempo mesmo. Tipo, quando eu ainda estava no começo, ainda na época do blog, eu tinha tempo, bastante, e isso foi uma das coisas que me fez criar um blog. Tempo vago. Mas agora, tudo mudou de ponta cabeça. Não tenho mais tempo livre, e postar e escrever exige tempo; não é só escrever e apertar em publicar. Tem muita coisa por trás, e mais atrás, só tem uma pessoa, que sou só eu. Não estou reclamando, não me entendam mal, tudo bem? Só estou expondo os fatos. Vocês mesmo veem que faço tudo para ficar bom, melhor que bom! E não é só escrever e bum! Tá pronto, tem todos os detalhezinhos, acrescentar umas coisas aqui, e outras aculá. Para no final ficar bonito, e bom de ler. Ok? ;) Mas eu amo o trabalho que faço, e só quero que saibam, que demora, por que se for pra mim fazer, eu faço bem feito. Eu não vou simplesmente postar uma merda qualquer para vocês. Eu procuro publicar um material bom e de qualidade. 
Desculpa por tudo gente, projetos á vista... Por que sexta-feira eu entro de feeeeeeeeerias! Dá para acreditar que eu já vou fazer o primeiro ano do ensino médio? *-* Pois é gente, a bebê de vocês está crescendo! :D \õ/ hehe' Mas eu sempre vou ser a bebê de vocês ;) u.u Geeeente, eu comecei isso aqui com 12 anos! E olha onde estou? Já tenho 14! E vou fazer 15... Valeu a pena, né?! Mas chega disso, por que já estou ficando nostálgica e os nostálgicos chorarão se eu continuar... Ou seja, eu! HAHA' 
Mas é isso. Prometo que eu não vou demorar a postar, suas divas, suas gatas, suas gostosas, suas perfeeeeeeeeeeitas! 
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*

P.S: Valeu a pena a espera?