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26 de nov. de 2013

Meus cacos de vidro.


      Ultimamente estou fazendo muita escolha errada, colocando meu coração de vidro em jogo e o lançando para o alto, esperando alguém pega-lo, esperando alguém resgata-lo. Mas ninguém foi; ninguém teve o interesse de segurar. Ele quebrou. E agora, na minha cama, sinto os cacos de vidros palpitarem dentro de mim, fazendo uma pressão terrível, rasgando minha alma; sufocando-me.
Observando o teto e deitada em minha cama, sinto os cacos de vidro dentro de mim movimentando-se, abrindo espaço para as lágrimas jorrarem inicialmente em conta gotas pelo canto dos meus olhos e molharem meu travesseiro exausto pelo peso do meu vazio. Estou morrendo e ninguém está ligando.
Durmo exausta pelo choro e penso que finalmente desmaiei tamanha a dor que sentia em meu peito. Infelizmente, acordei e as lágrimas voltaram junto com as lembranças. Trajei um sorriso em meu rosto e levantei, fazendo meus cacos de vidros se moverem, e a cada passo que dou, eles me cortarem; no fundo da alma, nas minhas retinas, em minhas entranhas, em minha pele. Matando-me, me sufocando, me ferindo a cada passo. Mas acima de tudo, enganando a todos que acreditam no sorriso trajado em meus lábios cansados de sibilar pedidos de socorro.

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