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26 de nov. de 2013

Só eu.

     Estou tão exausta! Minha vida está desmoronando aos meus lados e eu estou assistindo de camarote, sem ter para onde correr para proteger-me dos escombros caindo, sem ter ar para respirar. Só pó, só desastre, só ilusão, só eu. Uma residência descartável onde poucos entram e muitos saem. Principalmente eu.
A cada visita que recebo, me perco. A cada conversa, me perco. A cada despedida, me perco. A cada ausência, me perco. Ultimamente só estou me perdendo, me machucando, me sufocando por não ter ar limpo para respirar. Só escombros e restos de mim por onde olho. Só eu.
Essa sou eu: aquela menina alegre, que faz muitos rirem e se alegrarem. Mas que ninguém sabe o que eu faço quando estou longe, sem ninguém para me ver e me impedir. Só eu. Uma menina alegre que tem muito a contar. Uma menina que virou mulher muito cedo e de uma forma que ninguém merece. E em pensar que essa mesma menina só queria uma vida normal, tinha um jeitinho especial, um jeitinho único, brilhante! E que agora, ela guardou tudo só para si, bem no fundo do seu corpo, para ninguém roubar ou reclamar.
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