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31 de jan. de 2014

A Esquizofrênica - Capítulo 26

Sanidade.

A enfermeira rogava aos céus, enquanto dava os remédios para Demetria tomar. ‘’Oh, Deus. Que isso dê certo. ’’
A menina foi tomar banho, não entendendo o porquê de Selena estar tão estranha. De ter chorado. E o que ela falou com seu pai. Mas tudo isso saiu de sua mente quando ela entrou em contato com a água.
Joseph.
Merda. De novo não.
Ela estava perdendo a sanidade, e a mesma estava sendo levada pela água e descendo pelo ralo.
Ela queria chorar, gritar, e que tudo isso fosse levado pela água como sua sanidade.
Oh! Ela estava ficando... Não, não.
Suas mãos foram parar em suas coxas e ela arfou, se inclinando para frente e deixou todas as partículas de seu corpo vibrarem. Em um soluço ela caiu ajoelhada no chão frio. Não! Ela ia ser forte! Ela não iria se machucar. Não hoje, não agora. Nunca mais!
‘’ — Por que fez isso? ‘’ Ela podia ouvir Joseph perguntando.
‘’— Por que eu sou esquizofrênica. ’’ Por que ela ainda tentava se enganar?
‘’— Pare de usar isso como justificativa!’’
‘’— Pare de tentar si enganar, Demetria.’’
Seu coração acelerou, e os batimentos cardíacos do mesmo oscilavam em seus ouvidos.
Ela quase podia ouvir ecoar em seu corpo oco:
‘’— Quando você decidir parar de se enganar, aceitar a verdade e perceber que seu verdadeiro problema não é ‘’sua doença’’, e sim você mesma, me procure, e eu falarei a verdade. ’’
Ela nunca esteve nesse estado, e sem fazer nada. Ela deixou a água do chuveiro bater em sua cabeça e tirar esses pensamentos da mesma. Mas não adiantava, ela continuou ouvindo...
‘’— Você é mais que isso, Demetria. Todos nós somos. ’’
Ela levantou a cabeça e deixou os olhos fechados, deixando a água lavar seu rosto e levar o resto de sanidade que ela tinha.
— Eu sou mais que isso. — sibilou, deixando essa frase a levantar do chão.
— Eu sou mais que isso. — repetiu, evaporando sua vontade de machucar-se, assim como sua sanidade.
Talvez os maiores sábios não sejam aqueles que ensinam, mas aqueles que entendem.

A menina rompeu pela porta do banheiro, sorrindo largamente e procurando Selena com os olhos, então viu a mesma entrando com uma bandeja de comida.
— Eu consegui. — revelou, suas palavras sorrindo ao chegar à enfermeira.
— Conseguiu o que, baby? — ela riu, só de ver a menina alegre. Colocou a bandeja de comida em cima da cômoda e se virou para a menina.
Pensando bem, Lovato não ia falar. Afinal, o que ela iria falar? Não dava para explicar a felicidade que ela sentia dentro de si; parecia que isso estava entupindo sua garganta. Se ela bebesse ou comesse algo, ela cuspiria tudo.
Demetria arfou, abrindo os braços.
— Venha certificar meu corpo. — e a enfermeira foi, levantando sua blusa para ver sua barriga. Nada. Ela estava limpa, mesmo com os cortes.
— Sem nenhum corte recente. — assinalou, olhando os olhos sorridentes da menina.
— Viu? Eu consegui! — e ela fechou os braços ao redor dos ombros da enfermeira, em um grande abraço.
Oh! Era isso... Ela conseguiu!
Beijou o ombro nu da menina e deixou ser abraçada.
Então quer dizer que ela também conseguiu!
Enquanto Selena massageava as omoplatas da menina, pensou no segundo passo: Joseph.
Quem era essa pessoa que Demetria estava gritando? Quem era essa pessoa que fazia companhia para a menina? Mesmo a mesma tendo tomado uma grande quantidade de remédios, ele ainda continuava lá, na mente dela. Por quê? O que realmente era isso tudo que estava acontecendo ao redor dela? Tantas perguntas e nenhuma resposta.
Ela ainda tinha que falar com Gale.
Ela ainda tinha que falar com sua irmã.
Continua...
     Haê! Falei que ia passar por aqui sexta-feira e por aqui estou u.u kkkk
     Então é isso. Não tem muito para falar hoje.
     Agradeço a quem entendeu meu lado, e até se identificou :)
     E... Estou a fim de trocar divulgações. O que acham? Se quiserem, deixe o link do seu blog, ou o que quer que seja que queira que eu divulgue, contanto que você também me divulgue, ok? Assim a gente se ajuda :)) 
    LALAAAAAAAAAA! Vou começar a ler tua fic :3 Por que sim u.ú AHAZOOOOOOOU no cabeçalho mulher! haha Me exaltei aqui, sorry pessoas :3
    Minha portuguesa! (Cissy), vou tentar acompanhar lá no teu blog kkkk Por que tá avançado, mas vou comparecer lá :3
    E, ah. Quando vocês pedem para eu divulgar o blog de vocês, as vezes eu dou uma olhadinha :3 
    Finalizando... Bó trocar divulgação? 
    Divulgações vou fazer no próximo capítulo de ''A Esquizofrênica''. Ok?

Beijos gatas e gatos seduzentes ;*
Obrigada de coração a quem comenta <3

Quem eu verdadeiramente sou.

 Pessoas dizem que eu sou meio bipolar, inconstante. Mas quem são elas para falarem algo? Elas nem sabem que eu verdadeiramente sou, às vezes nem eu sei, então quem são elas para falarem algo? Nem tem algo para falar. Tenho vários lados, vários humores, como todo mundo, mas como todo mundo, tem certos lados e emoções que se destacam e fazem as pessoas se destacarem.
Minha tristeza grita para ser notada, mas eu não quero ser notada e nem que a notem. Esse é meu conflito, esconder minha tristeza gritante, que insiste em me assolar a qualquer momento, me impedindo de desfrutar a total felicidade. A tristeza tem medo de me perder, como eu tenho medo de perder a felicidade da minha juventude e o tempo dela chorando pelos cantos e cedendo meu lugar na felicidade para a tristeza. Como fiz sempre fiz até agora. E é essa minha vida: um vai e vem de ausências incompreendidas.
Quero correr para longe de mim, abalar as barreiras da realidade e as que a tristeza impõe em mim, ela não tem controle contra mim, mas a quem eu quero enganar? Eu a deixei ficar no controle, eu estou cansada de mim, tenho vontade de mudar de corpo e de coração, o meu já está esfarelado nas mãos da tristeza. Percebi isso quando chorava em meu corpo amedrontado com medo que eu não volte mais, pois não é só a tristeza que tem medo de me perder, eu também tenho, tenho medo de me perder para a causadora de meus choros pré-sono.
Coloquei um pouco de amor próprio nas barreiras que me impediam de seguir em frente e elas se dilaceraram. Suspirei enquanto fechava os olhos. Abri os mesmos lentamente e olhei minhas mãos, não havia nada nelas, apenas um bilhete pequeno dizendo: ‘’Você venceu, eu não insistirei mais. ‘’. Sorri ao terminar de rele-lo. Na próxima vez que a tristeza vier me consolar em meu choro causado pela dor da realidade, não deixarei mais ela me controlar e nem me seduzir com uma proposta de ficar livre da dor, afinal, eu preciso da minha dor, pois foi ela que me tornou quem eu verdadeiramente sou: uma guerreira. 

30 de jan. de 2014

Angustia ardida.


 Meus olhos embargados denunciam meu coração vazio. Dobro minhas pernas e abraço meus joelhos, tentado buscar forças para continuar, buscando força em algo que não seja a angustia que me admira, admira sua obra ao passar dos anos. Ela me transformou tanto. Risco minha coxa com minhas unhas e suspiro. Amor só se cura com mais amor, e dor, infelizmente só se cura com mais dor; Penso assim.
Cravo minhas unhas em minha coxa e entreabro os lábios. ‘’Não, não, de novo não... ’’ clamo a angustia que me admira de perto. Traiçoeira! Assim como meu coração. Com lágrimas no rosto, enfio a mão de baixo da minha cama e tiro de lá meu pecado, minha morte, minha dor, meu remédio doloroso e traiçoeiro. Minha vida é cheia de traições; penso. Com minha morte em mãos, entro no banheiro carregado de angustia e tranco a porta. Olho-me no espelho e vejo-me desgastada, traída, angustiada.
Sento-me no chão do banheiro aos prantos e arfo ao olhar minha coxa. Meu próximo alvo, minha próxima válvula de escape. Deposito a lâmina prateada em cima de minha coxa e gemo. Imagens da minha vida desastrosa passam em minha frente e corta meus olhos, arrancando mais lágrimas dele e depositando força em minha mão, fazendo-me soltar um gemido ao notar o sangue em meu corpo. O que eu mesmo causei.
Teimo com minha própria dor a verdadeira causadora do meu sangue carregado de traições. Eu digo que a culpa é dos outros por me causarem tanta dor, mas a própria vitima nega, alegando que eu que me fiz doer. Mas não adianta, eu sou muito teimosa para acreditar nisso. Para acreditar em mim.
A grande verdade é que a culpa é mesmo minha. Por ser tão fraca e achar que o único jeito de aliviar minha dor é assim. Fazendo doer mais. Sou eu que me corto, sou eu que me dou, sou eu que não acredito em mim, que eu posso parar, sou eu que vejo e faço meu sangue arder em meu corpo. Sou eu. E vai ser apenas eu que vou poder parar, fazer parar, me salvar dessa angustia ardida.

29 de jan. de 2014

A Esquizofrênica - Capítulo 25

Pequeno troféu.

Depois de um bom tempo, Gale colocou a cabeça dentro do quarto de Demetria e viu as duas mulheres ainda abraçadas.
Sorriu.
— Selena. — ele chamou, e viu a mulher abrir os olhos e analisa-lo com aqueles olhos verdes, transbordando ternura. Ele também teve vontade de abraça-la. — Preciso falar com você. — explicou, e vendo a mulher dar um beijo na testa de sua filha, saiu pela porta e foi até o jardim, sabendo que ela o seguiria.
Ele podia sentir o cheiro doce quando olhou para ela. E lá estava de novo à ternura de sempre. Mesmo ainda frágil, ela não se deixava abater. E isso a fazia querer abraça-la mais ainda, e uma estranha necessidade de protegê-la o abateu.
Jesus. A quem ele queria enganar? Ele tinha necessidade dela!
Ele ainda estava longe dela, quando a mesma entrou no jardim. Os cabelos acobreados dela enrolaram o coração dele. A enfermeira diminuiu a distancia deles e simplificou-a a poucos metros.
— Venha cá. — sorriu, abrindo os braços.
Ela também sorriu largamente, Oh!
Correndo a pouca distancia entre eles, como uma criança atrás do balão, ela enlaçou o pescoço dele com seus braços, deixando suas pálpebras tombarem assim como sua cabeça no ombro dele... Assim como Gale, quando deixou sua bochecha acariciar os cabelos dela, despejados sobre seu ombro. Ele a apertou contra si, encostando os troncos e ergueu-a, e deixando-a ficar em ponta de pés em cima dos seus sapatos sociais. Enterrou o rosto nos cabelos dela e inalou o cheiro delicioso que dali exalava. Enquanto Fletcher esmagava-a em seu abraço e a apertava em seu corpo forte, ela desfalecia entre seus braços. E foi ai, que ambos só tinham mais certeza que ali era o lugar certo um do outro...
Ele enlaçado pelos fios de cobre dos cabelos dela; e ela enlaçada pelos braços dele.
— Quer me contar o que aconteceu? — sua voz grossa e melodiosa sussurrou no ouvido de Selena.
Depois de uns minutos, ela espalmou as mãos nos ombros de Gale e deslizou, até finalmente ficar com os pés no chão.
E ela contou. Desde a morte de seus pais, até a ligação para sua irmã. Mas ela não chorou dessa vez, por que dessa vez ela não estava sozinha; ela não sofreria sozinha.
— Você vai deixa-la ver? Quer dizer, você vai dizer onde está? — ele perguntou, segurando as mãos dela nas suas.
— Não. Agora não. — respirou.
— Então quando? — incentivou-a a olhar para ele. — Quando você vai se deixar ser feliz e resolver entender que não existe tempo certo para ser feliz? Você só está adiando a felicidade, meu pequeno troféu.
Sim! Agora ela era seu pequeno troféu!
Mas calma... Ela não havia falado para ele sobre o apelido dela, que seus pais a deram... Ela não havia falado para ele eu era o pequeno troféu deles!
Mas ela não contestou. Agora ela era o pequeno troféu dele.
Ela riu.
Seu pequeno troféu? — tirou suas mãos das dele, e colocou ambas no lado da cintura, erguendo uma sobrancelha.
Ele riu nasalado.
— Sim. — esclareceu, trazendo-a para si, depois de substituir as mãos dela pelas suas, na fina cintura de seu pequeno troféu de cobre, porém, ele a considerava de ouro.
Ela chocou sua barriga com a dele, e apoiou as mãos no peito maciço de Gale para se firmar. Ele sorriu galante para ela; acariciou a bochecha corada de Selena e murmurou:
Minha.
Céus!
Ele segurou a nuca dela e subiu-a em seus pés, fazendo-a rir e deslizar suas mãos do peito dele para os ombros do mesmo.
— Você sabe que tem que reencontrar sua família, não sabe? — sussurrou. Eles não precisavam falar alto, assim tão perto um do outro...
— Sei. Mas e você? — desafiou-o com uma sobrancelha empinada.
Ele riu gostosamente, pendendo a cabeça para trás enquanto segurava-a com ambas as mãos as costas de seu pequeno troféu.
— Eu? — arqueou uma sobrancelha, ao olha-la. Ela parecia um gatinho querendo ser tigre. — Eu já reencontrei. E com sua ajuda, eu estou conquistando.
E verdadeiramente, estava. Mas ele não estava conquistando só Demetria; ele também está conquistando Selena.
Um apito se fez presente entre eles e quebrou seus olhares.
— Os remédios de Demetria.
Suspirou.
— Vá para casa, Gale. — distanciou-se dele.
— Ma... — ela o interrompeu, ele por sua vez, rolou os olhos.
— Mas nada. Dê um tempo para ela, homem. Não a pressione. Ela já teve emoções demais hoje, aliás, todos nós. Já está tarde.
Sorriu, ao vê-o inquieto e com o cenho franzido. Ele queria ver a filha. Mas ele estava cedendo...
Subiu nos sapatos dele e depositou as mãos nos lados do pescoço do mesmo, trazendo para si, e beijou-o na bochecha, sussurrando em seu ouvido logo depois:
— Vá. Quando for o tempo, eu te ligo.
E saiu. Entrando na clínica e rumando para pegar os remédios de Demetria, que a esperava no quarto.
Quando pegou a bandeja endereçada a garota, viu em comprimidos uma dose a mais. Franziu o cenho, pensando: ‘’Duas doses é demais. Não é isso que vai acalma-la. ’’
E jogou metade dos comprimidos no lixo, junto com sua sanidade.

Ela confiava em Demetria; ela queria acreditar! E fazer a menina acreditar também; acreditar mais nela, e menos na doença que a diziam ter. 
Continua...

Já falei que AMO escrever momentos Galena? Já podem shippar, Gale + Selena! kkkk Eu já shippo u.ú 
Vou explicar por que não venho comparecendo aqui com capítulos nos dias combinados. Por que não posso deixar isso aqui se tornar uma obrigação para mim, concordam? Só quem é blogueira pode se sentir como eu as vezes me sinto. Sim, conheço muitas blogueiras que fecharam o blog pelo mesmo ter se tornado uma espécie de obrigação, ou ter se tornado uma rotina. Entendo muito bem essas pessoas e admiro, até, por ter coragem para fechar o blog. Nunca tive coragem para fazer isso. Mas também não posso me dar o luxo de desativar isso aqui. Então... É isso. Não quero que isso aqui se torne uma obrigação, por que não é para ser assim, por que perde toda a graça! E a coisa toda não funciona assim... E eu também não quero que isso se torne uma rotina. Quer dizer; não é para eu me tornar parte da rotina do site, e sim ele se tornar PARTE, apenas PARTE, da minha rotina. Então as vezes, dou uma PAUSA, para tudo isso... Para isso voltar a se encaixar, entende? 
Enfim. É isso. Sexta estou postando mais um... ;) 
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*

A morte.


‘’A morte não foi feita para ser temida’’, só existe um caso que essa citação não se enquadra, o caso de quando você não viveu antes da morte. Esse é meu caso. Falo para todos e para mim mesma que eu não tenho medo da morte, é verdade, eu não minto. Eu tenho medo da vida, não da morte, tenho medo de não fazer nada para viver ela enquanto é tempo e passar o resto da minha vida me lamentando. Se bem que eu não estou muito longe disso.
Eu tenho sã consciência de que eu tenho que mudar para poder viver, mas a minha consciência só vai até ai, sem resultados e sem explicações, sem respostas e nem perguntas. Só a ideia de que eu tenho que mudar, apenas com a certeza de que a indecisão me acompanha e rir da minha cara. De tanto vacilar em andar, eu já levei muitos tombos e o único que me levanta do chão é o medo de mudar e me lamentar novamente. Acabo voltando sempre por começo e não andando. Só caindo, aumentando minhas feridas.
Sem conseguir dar murro no vento e acertar o caminho na marra, eu penso. Talvez nem tudo seja na força, talvez seja só um jeitinho, um jeitinho em mim. Eu não preciso lutar contra mim, eu preciso me aliar a mim, alimentar meu corpo esguio com minha vitorias e ausências de medo. Apenas um pé atrás do outro, parece muito fácil falando assim e eu me recuso a acreditar no fácil. Deve ser por isso que eu caí tanto, enquanto eu ajudo o outro a andar e a se levantar, apontando o errado e indicando o certo, a morte chega mais rápido, e no final eu estou aqui, no começo

28 de jan. de 2014

Não fuja de mim.


O vento em um dia de sábado me faz voar em minha tristeza. A música alta que soa em meus ouvidos faz-me esquecer do mundo, por consequência, fazendo-me entrar em meu mundo melodramático, no qual os moradores são minhas próprias dores, e a única que me entende é a solidão que me faz companha.
Um arrepio atravessa meu corpo esburacado. Gemo pela minha desgraça. Balanço meus braços no vento e sinto o mesmo soprando em minhas entranhas, fazendo a chama fraca de meu otimismo hesitar em continuar viva. A solidão ao meu lado, estica a mão para meu corpo e atravessa com sua mão em minhas entranhas, fazendo-me entreabrir a boca com uma expressão de dor em meu rosto. A chama se apagou.
‘’Por quê?’’ Essa palavra escapou entre meus lábios ressecados entrecortada e carregada de dor.  A população de meu mundinho medíocre riu de mim. Riram do meu fracasso. Riram da minha desgraça. De novo. ‘’Você não merece esse otimismo todo. Você mesma se rebaixa para lhe chutarem. ’’ A solidão avisou-me, ainda com a mão vazia em meu corpo, olhando em meus olhos medrosos.
    Fechei os olhos pesadamente e desejei que tudo mudasse. Pena que foi só um desejo. ‘’Não fuja de mim’’ a solidão gritou em meus ouvidos. ‘’Não fuja de mim’’ uma multidão falou em uníssono. ‘’Não fuja de mim’’ Ouvi minha própria voz em minha mente. Abri os olhos atordoada e vi-me em meu quarto bagunçado. ‘’Não fuja de mim’’ gritei ao meu otimismo. Ofeguei. Olhei para o meu corpo esburacado e avistei a pequena chama do otimismo. ‘’Não fuja de mim’’ A chama falou para mim. Sorri.


27 de jan. de 2014

Está chovendo.



Está chovendo, e, está chovendo dentro de mim. Observo as gotas em minha janela e suspiro pesadamente. Ninguém consegui me entender. Ninguém me leva a serio. O amor que sinto me consome e a nostalgia é a única coisa que me resta. Que saudade! Saudade do que nunca aconteceu.
A sua voz acaricia meu coração dilacerado, me faz respirar em meio à poeira de meu corpo vazio, me faz sorrir em meio as minhas lágrimas, me faz acreditar em mim mesma quando todos me colocam para baixo. E é incrível como alguém que me faz sentir-me tão bem consegui me fazer sentir-me tão mal. Como a angustia que abita meu ser por você não está por perto.
Minha felicidade é imensa quando eu vejo você em uma foto, quando vejo você sorrir. E a única coisa que pode bater de frente com esse sentimento é o vazio que me assola de vez em quando, como agora, quando eu estou olhando a chuva, lembrando-me de você e de todos os males que me assombram, e, de como eu consegui passar por tudo isso mesmo com a sua ausência me fazendo companhia. 


26 de jan. de 2014

Vendo-me partir.




Lembro-me como se fosse ontem quando eu tinha seu sorriso só para mim. Apenas direcionado para mim. Mas eu te perdi entre meus dedos assim como eu me perdi em seu sorriso. E eu estou ai, perdida de mim mesma e só olhando para ti, lhe vendo partir e me deixar aqui, admirando minha partida e esperando minha chegada, esperando você para me trazer junto com seu sorriso, como tudo era antes, você só para mim.
Você se foi e eu ainda não te esqueço, por que mesmo que não queira, você levou parte de mim em seu sorriso, e eu quero me resgatar, lhe beijar e me resgatar. Mas não tenho coragem para isso, olho em seus olhos e perco minha fala, não sei como chegar a você e falar onde eu verdadeiramente estou, em você, e você está em mim. Quero me resgatar, mas você não deixa, por que no fundo, você sabe onde estou e quer ficar comigo, no seu sorriso, apenas me esperando ir pegar, apenas me esperando beija-lo.
Não sei se verdadeiramente quero ir me resgatar, quero me deixar perdida em você, por que assim eu sei que você ainda tem uma parte minha. Tenho medo de me ferir, mas já estou sangrando, sentindo que cada vez estou mais longe de mim mesma, com saudade de mim. Aqui, me vendo partir e você me levar em seu sorriso.


25 de jan. de 2014

Só resta.


Você me conquistou. Seu jeitinho fofo me enfeitiçou. Seu carinho me encantou. Seus olhos me inundaram. De amor por você. Avisto um barco em meio ao mar de indecisão que seus olhos me fizeram entrar, o barco da paixão. Paixão pelo melhor amigo. Isso pode ser perigoso, isso pode ser delicioso, esse é você. Meu maior problema. Meu barco tá furado, ta me fazendo enjoar, ou melhor, me fazendo confundir-me.
O barco da paixão é bastante perigoso. Mas todo perigo tem sua porcentagem de tentação. Eu gosto de perigo, eu gosto do meu melhor amigo, ou melhor, eu sou apaixonada por ele. Seus lábios se curvando em um sorriso me faz derreter. Se ele soubesse o efeito que causa em mim ele não faria isso. Ou faria¿ Essa resposta a minha indecisão esconde por trás de sua farsa. Sou dividida entre você e nós. A hesitação é irmã da indecisão. Mesmo que você se decida, você ainda hesita em correr atrás da escolha. Nós.
Eu já decidi a tempos, apenas eu não reparei nisso, estava muito ocupada tentando roubar a resposta da indecisão que me acompanha. Nesse tempo todo, a resposta estava em mim, no meu coração. Nós. Resolvi contar ao dono do meu coração o sentimento que ele despertou em mim além da amizade. De qualquer jeito, a amizade não iria durar muito com isso em minha cabeça, algo alem da amizade que acabaria com a mesma, acabaria comigo. Só resta saber se o fim da amizade daria em namoro, ou no começo de um casamento. Só resta saber se eu ficaria feliz por ter ganhado, ou feliz por ter tentado.



24 de jan. de 2014

Um dia eu amei.



Não sei onde você está agora, não sei se você está sorrindo agora, não sei o que você está pensando agora. Só sei que ainda penso em você, que eu continuo parada te esperando enquanto eu deveria estar andando e aceitando a minha angustia que me persegue junto com a sua ausência. O único que pode me libertar é você, o único que tem a chave do meu coração, mas agora você não está mais aqui, e eu continuo sozinha, presa no tempo, lembrando-me de como foi bom enquanto durou.
Agradeço-lhe por ter me escolhido, por ter me feito provar do sentimento mais mágico que existe: o amor. Aquele sentimento que todos almejam e que todos estão esperando com o coração na mão o amor bater em sua porta e libertar seu coração de seu corpo cheio de angustia. Uma queda livre, onde só os loucos aproveitam. Juntos.
Mas nosso fim foi trágico, nós nos perdemos no tempo e a distância nos separou. Continuamos caindo, feito loucos, sozinhos. Já percebeu que louco sozinho nunca é bem visto pela sociedade? Pois é. Eu provei na pele isso, como provei também o amor. De tão doce que o amor é, acaba sendo amargo. Mas eu me orgulho de falar que um dia eu provei desse amargo, que um dia eu amei.






23 de jan. de 2014

Só estou me enganando.

Sinto-me presa em meu próprio corpo, enroscada em meu próprio coração, sem ninguém para me salvar de mim mesma. Vejo-lhe a minha frente, mas você não me vê. Invisível em sua vida, isso que eu sou. Eu sou invisível até para mim mesma!
 Me engano achando que sou eu que estou presa em suas cordas e que só vou sair daqui quando finalmente acontecer algo entre nós. Me engano achando isso, por que você já deixou bem claro que nada irá acontecer. Do mesmo jeito que a paixão aconteceu, que meu sonho em forma de pesadelo se concretizou, acordei, em um estalo profundo e doloroso. Não vai acontecer.
Estou lhe prendendo em mim, tentando achar um jeito de não doer, estancando meu coração dolorido com você. Me engano achando que isso irá resolver. Só está doendo mais. Só está me fazendo lembrar mais de você. E você só quer voar, por que querido, eu sei, você também está sangrando, e não adianta tentar estancar um fluxo de sangue com um algodão sujo, ensopado de sangue. Eu só estou me enganando mais.

22 de jan. de 2014

Ouço.


     Ouço meus soluços ecoando no banheiro. Ouço meu silêncio gritando a todo vapor. Ouço a lâmina gelada cortando minha pele quente. Ouço o sangue em minhas veias pulsarem em meus ouvidos. Ouço minhas lágrimas lamentarem em meus olhos. Ouço a briga interna acontecendo dentro de mim, brigando para saber quem era o culpado pelo meu sangue fora de meu corpo. Eu estou enlouquecendo!
    Quero acabar com toda essa dor, tento tirar as vozes que ouço, abrindo cortes em meu pulso, tentando aliviar, tentando desesperadamente que alguém me note e me salve de mim mesma. Tentando desesperadamente acabar com essa dor.
    Olho a lâmina em minhas mãos, suja de sangue, e sinto meus olhos se cortarem em mais lágrimas. Sou eu, a única culpada de tudo isso, uma garota aterrorizada por si mesma. Corta-me o coração ver meu estado no espelho. Acabada, deprimida, ensanguentada pela própria dor, tentando passar, tentando parar. Mas, o único modo de parar que vejo é apenas um.
    Estou cega pela dor, pelo meu sangue. Por onde olho, vejo fraqueza, dor e angustia grudada em minha pele. Choro desesperadamente, meus olhos sangrando e me impossibilitando de ver outro cominho que não seja mais dor. Pendo meus pulsos na pia do banheiro e ligo a torneira, sentindo a água abrir meus cortes e expor minha fraqueza, me fazendo gritar amargamente.
    Ouço minhas lágrimas se recolhendo para dentro de mim. Ouço meu sangue se aquietar. Ouço meus soluços se amenizarem. Ouço minha briga interna se esvair. Ouço a lâmina fria cair no azulejo do banheiro. Ouço a água correndo em meu pulso fazer silêncio para me contemplar lacrimejando baixinho, suspirando por finalmente acabar. Sorriu ao sentir uma mão em meu ombro, me dando forças para continuar, clareando minha visão, me fazendo ver o outro caminho. E, no final dele está a pessoa que nunca me abandonou e que é a única que estará lá para me acalmar: Deus.



21 de jan. de 2014

Meu filme.


     Pensei em fazer um filme, escrever o roteiro e depois queima-lo, pois eu sei que um dia tudo vai acabar e cedo ou mais tarde eu irei me magoar. Os meus futuros telespectadores iriam ficar confusos ao assistir minha vidaem forma de filme. Tento me enganar que estou pensando neles ao desistir de fazer meu filme, mas só estou me magoando mais. Por que, por trás de toda minha farsa, eu só estou me protegendo.
    Talvez, quem fique mais magoado nessa história sejam os telespectadores, pois eu os estou afastando para me proteger, evitando novas chegadas para evitar partidas. Evitando para viver, ou apenas evitando, para sobreviver. Tampo seus olhos para evitar verem minhas feridas. Tampo seus olhos para evitar verem meu filme, minha vida, me ver caindo em um abismo tentando segurar duas coisas: meu filme e meu coração.
    Tampo meus próprios olhos para não ver meu coração se espatifando no chão, mas quando abro, posso ver que ele já estava em forma de pó pelas decepções que o pisaram. Segurei firme em meu filme que está em minhas mãos. Olho para o lado e vejo meus telespectadores me aplaudindo fervorosamente pela minha coragem. Então concluo que eu não posso viver sem eles, e que não vale a pena afastá-los para tentar me proteger, por que assim, eu só estarei me magoando mais.



20 de jan. de 2014

A Esquizofrênica - Capítulo 24

A Ligação.

— Alô? — uma voz masculina atendeu.
Oh! Selena deixou seu pulmão finalmente esvaziar. Não era sua irmã.
Ah! Puxou outra respiração. Ela queria que fosse sua irmã.
— Alô? — repetiu o homem. — Alguém?
Parecia que os fios acobreados do cabelo da mulher estavam prendendo-lhe a garganta.
— Alô? — bufou.
Ele ia desligar quando Gomez finalmente conseguiu desatar os nós que lhe prendiam a glote.
— Oi! — exclamou, pasma.
— Quem é?
— Selena. Selena Gomez. — continuou. — É que m... — foi interrompida.
— Selena? Jesus! — reconheceu-a. — Você sumiu do mapa, mulher! Onde se meteu? Nós te procuramos e... — a mulher confusa do outro lado da linha o interrompeu.
— Nós?
— Sim. Nós... Eu e sua irmã. Mattew e Kendecy. Não se lembra? — uma ponta de desapontamento em sua voz alfinetou o coração da enfermeira.
Ah, sim. Ela se lembra.
— Lembro.
Enquanto ela fechava os olhos e sentava no sofá do quarto de Demetria, ele falava:
— Ela lhe ligou hoje, pequeno troféu. Deseja lhe ver; aliás, todos nós.
Oh céus. Ele apelou! Chama-la pelo apelido que seus pais deram para ela? Ele foi baixo! Ou alto demais... E está jogando-a de cima de um prédio.
— Oh, Matt... — murmurou, chamando-o pelo apelido. Ela ainda carregava uma ferida enorme.
— Eu sei que ainda dói, mas, por favor... Deixe-nos lhe ver. — e sussurrou: — Você é a única família dela que ainda restou.
Ele sofria pela esposa. Mas quem sofreria por ela?
— E ela a minha. — nessa hora ela já passava as costas das mãos pelas bochechas, na tentativa de limpar o rastro de suas lágrimas.
— Deixe-nos lhe verFale onde está. — incentivou.
Mas ela ainda não estava pronta. Ela se sentia arder; era medo e covardia misturada.
— Diga-a que eu a amo.
E desligou, soluçando enquanto lágrimas quentes molhavam seu rosto... E enferrujava o troféu de seus pais.

Muitos minutos depois, Flyn passava suas pequenas mãos pelo seu rosto. Luci entrou pela porta, e Gale a acompanhou.
A menina estranhou ao ver o habitual rosto que sempre habita um sorriso, vermelho. Ela chorara, era impossível não ver.
Gale ficou estático, não sabendo o que fazer.
A garota de madeixas negras chicoteou os cabelos ao andar até a mulher e se ajoelhar na frente da mesma. Segurou ambos os lados do maxilar da mulher e trouxe o rosto da mesma para olhar seus olhos. Ela leu sua alma, ou ao menos era isso que Kloe achava ao encontrar os olhos ad mesma. Isso nunca mudava. Mas dessa vez ela não desviou o olhar, e muito menos se sentiu incomodada. A menina tirou os fios de cobre que ficaram grudados no rosto da maior pelas lágrimas, e beijou sua bochecha, deixando seus lábios cansados de sibilar pedidos de socorro na pele da mulher; sentindo-a. Ela sentia. Ela estava ali. Quando se certificou disso, abraçou-a.
Kloe fechou os olhos e se deixou descansar no ombro da menina, aliviada em saber que sim, tinha alguém que sofreria por ela.
Gale se distanciou, depois de sorrir levemente.

Agora era sua vez de sair e deixa-las só.
Continua...
     Fiquei de postar mais um para vocês no final de semana. Mas sábado minha irmã inventou de sair, e me arrastou junto. E domingo meu pai também inventou de sair, e eu fui junto kkkkk Então... Não deu. Então, hoje ainda vou postar mais um. Mas eu acho que só de madrugada, ou bem tarde. Por que vai ser mais ou menos nesse horário que eu vou voltar para casa, por que meus amigos inventaram de sair, e vão me arrastar junto. Portanto... KKKKK E, como segunda é dia de ''A Esquizofrênica'', estou postando rapidão antes de sair. 
     Beijos gatas e gatos seduzentes ;* Até logo!

Eu me esqueci.


Sinto-me em um incêndio, sem ninguém para me salvar, ninguém me vendo queimar. Minhas lágrimas tentam apagar o fogo que me rodeia, mas eu me esqueci de que eu choro fogo. Queimando minha pele, queimando meus olhos, queimando minha alma, queimando meu coração já em chamas.
Ninguém vem me buscar, mas eu me esqueci de que estou em meu próprio quarto, que eu mesma tranquei. Tento achar a chave para abrir a porta, mas eu me esqueci de que ela está dentro de mim, enterrada em meu coração em chamas. Grito em desespero, afundando a mão em minhas chamas, sentindo minhas entranhas se retesarem cada vez mais em uma pressão enorme. Ofego ao olhar a chave fria em minha mão. A minha chave.
Enquanto rastejo até a porta de meu quarto em chamas, sinto a dor de meu corpo me corroer por completa, me fazendo franzir a testa e um grito rancoroso cortar meus lábios ressecados.  A solidão ronda meu quarto desesperadamente, percebendo o meu objetivo e percebendo qual seria seu destino. Provar do seu próprio veneno, ficar só e queimar amargamente. Com a porta já aberta, ofego novamente.
Anos esperando alguém vir me buscar, anos queimando, anos esperando alguém vir me salvar, anos gritando e chorando desesperadamente. Mas eu me esqueci de que a única que poderia me salvar sou eu.



19 de jan. de 2014

Enferrujando-me.

     Estou mancando. Meu pé foi ferido por uma pedra pontiaguda. Ou será que foi meu coração? De qualquer modo, está doendo e me impedindo de andar. O peso que carrego dilacera-me e me impedi de andar, a situação piora com a dor que carrego comigo até hoje.
Penso em me jogar de um precipício e acabar com essa dor que me acaba, mas até para isso precisa-se andar. Repenso o caso e sinto-me uma dramática aleijada, mancando. Repenso de novo e percebo que não estou aleijada, apenas mancando. Coração aleijado. Concluo depois de repensar novamente.
Vejo os outros se apoiando em mim para andar, como se eu fosse uma muleta. Como se já não bastasse minha dor e meu rancor corroendo minha garganta, eu ainda vejo as lágrimas de outros, como um ácido em minha pele. Enferrujando-me. Fazendo-me tombar no chão enquanto eu tento caminhar para o meu fim. O fim da minha dor. Por que é tudo que eu quero: fazer parar. Arrancar esse nó constante em minha garganta e rasgar minha pele calejada.
Ofego segurando meu coração. Acabo caindo novamente enquanto apoiavam-se em mim. Meu braço estirado no chão carregando meu coração ficou sem vida, mole como minhas pálpebras que teimavam em permanecer de pé. Por fim, suspirei. Jorrando meu coração no chão, descansando por completo.
Um som alto ecoou em meus ouvidos, me acordando de meu pesadelo para me despertar a outro. Era minha irmã, me chamando para ajuda-la em seu pesadelo; em sua vida. Tão nova e tão vulnerável, tão eu. Era por ela que eu deveria continuar a caminhar, servindo de muleta para ela e sendo forte por ela. Olhei para porta e vi minha mãe chorando. O rancor grudou em minhas entranhas novamente. Caminhei até suas lágrimas e não as sequei. Abracei-a forte, minhas lágrimas se misturando com as dela. Nossas lágrimas me enferrujando e me fortalecendo. Por que a base de lágrimas, eu me sustento.

18 de jan. de 2014

Guerreira chorosa.



Doce e salgado. Força e choro. Camuflo-me em meu corpo de mulher; meu corpo vazio cheio de nostalgia. Corro do que é novo para evitar se tornar velho. Evito novas chegas para evitar velhas partidas. Evito novas ilusões para evitar velhas decepções. Evito novas forças para evitar velhas lágrimas. Essa é minha vida. Evitar para não se machucar.
Penso se isso verdadeiramente é uma vida. Almejo tentar, mas não tento. Almejo acertar, mas apenas erro. Erro sem tentar. Pois esse é meu maior erro. Não tentar. Ter medo do novo e trauma do velho. Ser forte o bastante para chorar, ser fraca o bastante para ser forte. Tudo isso, sem ser o bastante.
Minha vida é desconhecida para mim, nem mesmo eu a conheço e muitos acham que a conhece. Minha vida é um animal selvagem, indomesticado, uma guerreira misteriosa, um território desconhecido, uma vasta floresta sombria; essa sou eu. Uma guerreira chorosa e com medo do novo. Com medo da vida.