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18 de jan. de 2014

Guerreira chorosa.



Doce e salgado. Força e choro. Camuflo-me em meu corpo de mulher; meu corpo vazio cheio de nostalgia. Corro do que é novo para evitar se tornar velho. Evito novas chegas para evitar velhas partidas. Evito novas ilusões para evitar velhas decepções. Evito novas forças para evitar velhas lágrimas. Essa é minha vida. Evitar para não se machucar.
Penso se isso verdadeiramente é uma vida. Almejo tentar, mas não tento. Almejo acertar, mas apenas erro. Erro sem tentar. Pois esse é meu maior erro. Não tentar. Ter medo do novo e trauma do velho. Ser forte o bastante para chorar, ser fraca o bastante para ser forte. Tudo isso, sem ser o bastante.
Minha vida é desconhecida para mim, nem mesmo eu a conheço e muitos acham que a conhece. Minha vida é um animal selvagem, indomesticado, uma guerreira misteriosa, um território desconhecido, uma vasta floresta sombria; essa sou eu. Uma guerreira chorosa e com medo do novo. Com medo da vida.

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