Parei de acreditar em mim mesma, enquanto vejo
minha ruína e meus problemas em uma tela de cinema, o medo furtou quem eu era,
prendeu-me na cadeira e deixou-me assistindo minhas catástrofes. Acredito que
não tem saída e um caminho para meu verdadeiro eu. Estou presa nas cordas de
minhas lembranças, me machucando, me fazendo jorrar lágrimas.
Estou tão cansada que só quero sentar e chorar na
esperança de que com minhas lágrimas o cansaço se esvaia. O medo está me
tirando forças para quebrar as cordas que me prendem, me fazendo fechar os
olhos para o verdadeiro eu que me admira chorando, me esperando. E me fazendo
abrir os olhos para a tempestade que acontece em meu peito.
No meu último fôlego, suspiro e deixo minha cabeça
tombar. Estou cansada de fazer força na tentativa de romper minhas cordas.
Estou morta. Enquanto só vejo escuro, sinto as cordas se afrouxarem, se
soltarem, e alguém me abraçar forte, lavando meu rosto com lágrimas.
É meu verdadeiro eu, minha criança que nunca
cresceu e se escondeu com medo, com medo do mundo novo, com medo de como eu
tive que crescer: tão rápido, tão de repente, por pressão, imposição. Com medo
do que me tornei. Com medo de mim mesma.
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