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22 de dez. de 2013

A Esquizofrênica - Capítulo 20


Mais que isso.

— Demetria, acorde. — Selena a acordou, soltando as amarras e balançando a menina. — Acorde, querida.
A menina abriu os olhos, grogue, seu corpo doía, sua mente girava e seus ossos pareciam pó dentro de seu corpo, fazendo seu coração tossir.
Ela se sentou na cama, cansada, com os olhos fechados e passando as mãos pelos antebraços desamarrados. Tudo doía.
— Dói? — a enfermeira perguntou, se referindo as amarras.
A menina estranhou; ninguém antes nunca se preocupara com isso.
— Tudo dói. — elevou o rosto, e viu a expressão sofredora de Gomez, franzindo os lábios para dentro da boca.
— Você dormiu muito hoje, mas que o habitual, já está de tarde. — ela queria mesmo que aquilo se passasse como uma justificativa?
Algo estava muito errado por ali.
Ela estava escondendo algo.
— Vá escovar os dentes e tomar um banho. Vou pegar seu almoço. — e saiu.
Definitivamente, ela estava escondendo algo.

Depois que Demetria saiu do banheiro, vestida com uma regata e um short, Selena estava sentada no sofá, e quando viu a menina, levantou-se rapidamente e foi verificar o corpo da mesma.
— Seu almoço está na cama, quando terminar você tem que ir ver a doutora Jennifer. — ela ia sair, mas Lovato segurou-a pelo pulso.
— Você está escondendo algo de mim, Selena. — isso não foi uma pergunta.
Gomez gemeu em frustração por ser tão transparente.
— Coma, baby. — ela ia sair novamente, mas a menina apertou a mão que enrolava seu pulso.
— Pare de mudar de assunto. Conte-me! — apertou mais ainda.
A enfermeira chocou-se, olhou para seu pulso amarrado na mão da garota e olhou para a mesma. Ela estava apertando muito.
— Demetria, você está me machucando. — arregalou os olhos para a menina, chocada.
Ela está regredindo...
Não!
— Conte-me. — rugiu, forçando mais o aperto.
Merda!
—Você está me machucando, Demetria! — elevou a voz, e como se acordando a menina do transe, Lovato soltou, se encolhendo e dando passos para trás, até bater com as costas na parede e deslizar até o chão.
De repente, como uma garotinha incapaz de machucar uma mosca.
— Merda. Foi sem querer, querida. — esbravejou, deslizando de joelhos em frente a menina. — Eu sei que foi.
A menina se contraiu, com medo do contato físico com a enfermeira.
— Desculpe. — ela sussurrou.
Foi a vez de Selena se contorcer. Não era para a menor sentir-se culpada, ela não fez por mal.
A menina se contorceu novamente pela culpa. A mesma a corroía!
— Desculpe. — repetiu, com a voz falha e cobrindo o rosto com as mãos.
— Desculpe. — sua voz saiu abafada entre os dedos.
— Tudo bem. Eu estou bem, querida, eu estou bem. — a menina não se deixava ser tocada. — Eu sei que você não fez por mal, ok? Não se sinta culpada. — rogou. — Não foi você, eu sei. Foi a doença, baby. Não se sinta culpada.
Os olhos da menina varreram a alma da mulher, derramando larva quente por onde passava.
— Mas a doença é minha! — gritou.
— Shiu! Não grite, vão lhe ouvir. — a mulher interviu, e a menina se calou.
Por mais que Lovato esteja com raiva, ela não queria ser amarrada e colocada para dormir novamente. Seu corpo ainda doía e sua cabeça ainda dilatava... Ou era seu coração?
 Depois de minutos sentadas no chão, uma em frente à outra, sem nada para falar, apenas olhando uma nos olhos da outra, Demetria pendeu a cabeça para o lado e perguntou:
Por que está aqui?
A enfermeira congelou.
De novo não... A mesma pergunta de antes. Mas agora não tinha como ela escapar. Alias, tinha. Mas ou era ela a escapar, ou Lovato. E ela não deixaria a menina ir.
Respirando fundo, ela respondeu:
Por que eu me achei.
— Como assim?
— Quando meus pais morreram, eu e minha irmã brigávamos muito, ela tentava colocar a culpa toda em mim pela morte dos nossos pais, mas eu sabia que era só para tentar aliviar a dela. Todos nós sentimos culpa por alguma coisa, querida. E muitas vezes, por tudo que acontece; mas não é nossa culpa. Nós só queremos ter algo para se apoiar enquanto caímos. — sorriu compreensiva para a menina. Respirou fundo e continuou: — Então teve um dia que eu não aguentei. Sai de casa e aceitei um trabalho de enfermeira aqui. Aqui também é meu centro de reabilitação, Demetria. — riu brevemente.
— E por que ainda está aqui? — encolheu os olhos.
— Eu já falei. Por que eu me encontrei. Eu me achei em você, baby. — piscou para a menina.
— Se encontrou em uma menina esquizofrênica? — ironizou.
— Também; mas você não é só isso. Eu me encontrei na garota maravilhosa que você é, na garota que me cativou com seus problemas, na garota que não precisa sorrir ou chorar para saber o que está sentindo. Eu me encontrei em mim. — e finalmente ela conseguiu tocar no rosto da menina sem a mesma se contrair. Ela conseguiu.
— Então essa é você, Selena Gomez? — fingiu desafiar a mulher, e a mesma riu, e soube que Demetria também ria ou sorria, mesmo sem expressão. — Você sou eu?
E você é mais que isso. — sorriu. Se levantando e saindo.
Continua...
Esse post está saindo hoje por que uma menina muito chata e que eu amo muito chamada Lycia, veio mendigar post para mim kkk
E agora eu penso, e sei; que as vezes a gente só está precisando de um empurrãozinho. Como esse :) Valeu Lycia.
Ah. Por que estou parada esses dias? Na verdade, eu não estou parada e nunca fico. Estou trabalhando em um projeto, que na verdade é uma minific, chamada ''Reflexos'' (trilha sonora é a música Mirror do Justin Timbarlake), e meu prazo é até o ano novo :) Estou preparando o meu presentinho de natal para vocês! E já vou avisando... Aqui é Rebecca Gomes, a autora de ''A Esquizofrênica'', dona do site Apenas Uma Garota Melancólica. Vou lhes presentear com o mais puro drama, minhas gatas! HAHA. Aqui vai uma palhinha ;) É um flashback aleatório que tem no meio da minific que não é nada mini! É grande! Mas ela recebe esse nome por eu postar ela em um único post! 
Quem não viu, aqui vai:

‘’ ¾ Papai! ¾ ela gritou, ao notar a enfermeira chegando com uma agulha.
O pai sorriu. Eddie era um homem lindo. Ele foi à primeira paixão de Demetria.
¾ Papai está aqui, florzinha. ¾ ele apertou a mão da menina, reconfortando-a. A menina mordeu o lábio superior e o trouxe para dentro da boca. O homem riu; ela sempre fazia isso; era uma maneira de se controlar.
¾ Não vai doer, florzinha. ¾ a enfermeira chamou-a pelo apelido, em uma forma irritantemente doce.
Demi fechou a cara em direção à mulher e rugiu:
¾ Cale a boca! ¾ Eddie gargalhou gostosamente. A mulher ficou estática. Uma mini ferinha!
¾ Uma mocinha não devia falar assim. ¾ a moça falou, colocando um elástico no braço estirado da menina.
¾ Vá se foder! ¾ o homem engoliu em seco e arregalou os olhos, tapando a boca da menina, que o olhou com os olhos risonhos. Ele puxou o lábio superior para dentro da boca, uma técnica que a menina percebeu que servia para se controlar. Era reconfortante, fazer a mesma coisa, por que as manias que ela pegou dele, o lembra.
A enfermeira enfiou suavemente a agulha em sua veia, fazendo a mesma sugar seu sangue. Demi não desgrudou os olhos do pai, e nem ele dos dela. A menininha de 10 anos de idade encheu os olhos de água, prendendo o lábio assim como as lágrimas; e assim como seu pai.
Quando a agulha saiu de sua pele; ela soltou o lábio, mas não soltou a mão de seu pai; deixou-o limpar suas lágrimas.
Observou a enfermeira tirar um pouco de sangue dele, assim como fez com ela.
Demetria não soltou a mão dele.
Quando chegou a casa, dormiu na cama de seu pai, agarrada ao homem; enquanto sua mãe se agarrava com outro, fora de casa.
Eddie não dormiu naquele dia, observou a menina; calma, agarrada ao seu braço forte e com as pernas enlaçadas as seu tronco.
Ele sorriu.
Ele sabia que ela era sua. E ao menos tempo que ela não era.
No dia seguinte, com o resultado dos exames em mãos, Eddie o abriu.
Eddie chorou. Quebrou tudo dentro de casa, irado de raiva; enquanto Demetria chorava escorada á porta do seu quarto.
Ela tinha só 10 anos, mas sabia o significado de exame de DNA.
E ela sabia o significado da ação do seu pai. Seu Eddie.
Demi não soluçava; o som dos objetos quebrando na sala eram seus soluços. Seu e do seu pai.
Ouviu sua mãe chegar.
Ouviu sua mãe gritar.
Ouviu sua mãe chorar.
Ouviu seu pai sair de casa e nunca mais voltar. ’’

Enquanto escrevo, eu choro, meu coração arde. É perfeitamente dramático  Belamente trágico. E terrivelmente perfeito.
No dia 31 desse ano, estará programado esse post para ser publicado, meio dia! Será um presente de ano novo, que o fará virar o ano com uma nova perceptiva de vida. Superação; é isso que essa estória trás  E lhe fará ver, que as maiores bençãos da vida, vem depois da tormenta. Por isso, sei esse ano foi muito abençoado para mim, e sei que o próximo ano também. E o próximo, e o próximo, e o próximo, e o próximo...
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*

Ah, estou preparando projetos para divulgação, e isso está completando os meus dias.



9 comentários:

  1. Heyy chegueii divando *-*
    Esse capitulo divou
    foi um belo de um samba na cara dazinimiga
    Sério mano esses momentos delas juntos são tão lindos
    Tão perfeitamentes imperfeitas *-*
    Selena contou ~~lê eu quase morrendo com a confissão dela~~
    Eu to amando essa fic com todas as minhas forças ;))
    E Reflexos vem ai hein?! hehehe vai sambar de salto 15 kkkkk'
    Ah antes que eu me esqueça Eu Tambem ME amo kkkkkk brink's minha gata Eu tambem TE amo
    Posta logoo
    Beijos!!!

    Ps: Se eu ñ tivesse mendigado capitulo as minas ñ teria o que ler então graças a mim tiveram.. beijem meus pés

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  2. Voce tem uma foto de como mais menos vc imagina o gale? faz um post com as fotos dos personagens pf

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  3. Uooooooouuu, amei, agora to super curiosa

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  4. Eu simplesmente amei,amei mesmo o cap!tipo isso foi profundo! fiquei com vontade de chorar! eu juro q eu ñ sei de onde vc tira inspiração pra escrever assim, pq vc so fala merda!(brinksss)
    OBRIGADO LYCIA vc é d+ fez ela postar!
    PENSE NUM PRESENTE ÓTIMO ESSE VIU! vou acordar no dia 31 so pra ler! amo drama!drama me inspira a ser mais dramática!
    Vê se posta logo ô coisa chata!
    bjs!

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  5. Pode ir deixam a possiblidade de ser perfeita, está bem?
    Brinks, divou novamente.
    P.S. Posta logo, senão um grupo de FÃS sequestraram-te e.... esqueça, ideia de gente louca ^_^

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    1. Eu fiz um selinho para você.
      Passe aqui para pegar o selinho: http://jemialwaysbestrong.blogspot.pt/2013/12/23-capitulo-voce-e-minha-little-warrior.html

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  6. Cadê o proximo? Anda! Já! Poste Gomes!
    Senhoor, novamente: Porque tão perfeita? Continue gata, muda não please! Ou se for mudar, que seja pra melhor(É possivel? :s )
    A ideia do sequestro ainda ta de pe, ta?

    Beijem meus pés também porque fui eu que "fiz" a Becca por esse prazo u.u

    Beijos! Poste logo!

    Ps: Lycia, perturbe mais... Ela diz que irrita, mas ama!

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  7. O.m.g.
    Que perfeito <3 <3 <3
    To amando tudooo
    Posta logoooo
    Beijos

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  8. PERFEIÇÃO!!!! ISSO É O QUE É ESSA FIC, UMA PERFEIÇÃO!!! Muito perfeito esse cap e a parte da nova fic, acho que vai ser ótima. Flor desculpa não ter comentado no cap anterior, que foi um dos meus preferidos, shippo muito Galena kkkk. Estava muito sem tempo esses dias com a recuperação final na escola e tals, e ah já divulguei seu blog no meu e ta tudo certo!!! E não posso esquecer do... POSTA LOGO!!!

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