A Esquizofrênica.
Parecia tudo muito diferente para Demetria.
Aqueles corredores, aquelas paredes, aquele salão, os olhares já
vistos, os comentários já ditos e já ouvidos.
Ela quase podia degustar o gosto amargo da despedida, por que era
assim que tudo estava se parecendo, uma despedida. Ou seria uma chegada? O
sabor do novo?
A garota não sabia. Ela só... Estava estranhando o estranho.
Os boatos de sua mais recente crise já saia pela boca do povo como
uma fofoca, ou o único assunto que eles tinham; a única movimentação ou
novidade em suas vidas.
É... Existem pessoas com a vida pior do que a vida da
esquizofrênica...
Com um baque no centro de suas costas, Lovato deslizou a mesma pelo
tronco da árvore e sentou-se na grama.
Espalmou as mãos na terra e entrelaçou seus dedos com a grama,
fechou os olhos e deixou seu rosto esquentar.
Alguém se sentou ao seu lado e por um momento ela prendeu a
respiração, logo depois a soltando ao sentir o cheiro de seu pai.
Ele a puxou pelos ombros, abraçando-a de lado, observando o céu
assim como ela.
Depois de longos minutos deixando o silênico gritar, seu coração
soluçou, então ela chorou. Apenas pequenos espasmos em seu corpo quente e seu
rosto frio, úmido.
Gale a respeitou, ouvindo seu choro enquanto a apertava
eventualmente pelos ombros.
— Eu descobri a verdade, pai.
Essa era a verdade que ele queria que ela descobrisse!
E bem, agora ela só queria que ele soubesse.
Agora ela só queria que ele soubesse o porquê dela estar chorando.
Ela só queria que toda essa dor tivesse um motivo.
— Então...?! — ele introduziu, finalmente olhando-a nos olhos.
Seus olhos sofridos... — Qual é a verdade? — repuxou uma extremidade de sua
boca grossa.
— Quem é você, Luci Dank? [n/a: era para ser Demetria Lovato, mas me deem um desconto, ok?]
Ela fungou, voltando a olhar o sol se pondo e finalmente
respirando em coragem.
— Eu sou a esquizofrênica, pai.
E por um momento, mesmo depois do sol ter ido embora, mesmo na
escuridão que a rondou, ela não se derramou em si, não se camuflou em si.
Por tempos, ela só queria uma luz no fim do túnel para sair
daquele breu.
Ela era a escuridão, e queria sair dela mesma! Mas agora ela
percebeu...
Ela percebeu que não precisava sair daquilo para deixar de ser tal
coisa.
Ela só precisava saber quem era.
Agora ela também é a luz.
— Tá bom. — ele sorria. — Vamos sair daqui. — a impulsionou para
se levantar, e assim foi feito.
Com ela o abraçando pela cintura, e com ele a abraçando pelos
ombros, ela soube o que ele quis dizer; e também soube o porquê daquela
sensação de despedida que ela sentiu.
Ela estava se despedindo da clínica.
E a clínica também estava se despedindo dela.
Quando eles chegaram ao quarto da garota, Selena e Kondor a
esperavam sorrindo.
— Ok, vá arrumar suas coisas. — Gale mandou, dando uma tapinha em
sua bunda. — Vamos embora daqui.
A esquizofrênica o olhou nos olhos e soube que aquilo realmente
era sério.
Assim como sua esquizofrenia.
Kondor a deu um último abraço, mas ela soube que aquele não seria
o ultimo. Enquanto ele plantava um beijo em sua bochecha, o mesmo deixou um
pedaço de papel em sua mão.
— Não leia ainda, só quando estiver no carro. — sussurrou, ela assentiu
meio inerte ao que ele falou por tanta felicidade.
O velho médico pigarreou.
— Certos meios e métodos você ainda preservará, Demetria. — seus olhos
foram para a enfermeira. — Selena ainda será sua enfermeira mesmo fora da
clínica; seu pai e eu tivemos muitas conversas durante esse mês, e você ficará
a par delas assim que por os pés em sua nova casa. Aliás, Selena também estará lá
para lhe auxiliar. — seus olhos foram pousar na mesma, visivelmente nervosa; a
garota riu. — Preste bem atenção, Demetria. — sua euforia e animação a tomava. — Você
terá que se readaptar e tentar se moldar, entendeu? — ele parecia seu pai, a
advertindo. — Terá regras e deveres, mas isso servirá mais para que você não se
esqueça do que tem, mas não esqueça que isso não a torna o que é. — e por fim,
ele elevou seu queixo com um dedo em gancho. — Você já aprendeu o que tinha que
aprender aqui, e eu não quero que você se esqueça, ok? — Oh! Seus olhos estavam cheios de água!
Ela explodiu entre seus braços, e o apertou em seu corpo.
— Obrigada, Kondor. — murmurou.
— Obrigada, Demetria. — finalmente seu rosto se inundou em lágrimas, e
ele parecia estranho enquanto chorava; suas mãos suavam e seus olhos também.
Ele era um lindo homem, mas ele era tão só... Aquelas lágrimas não estavam
acostumadas a ter espectadores.
E nem as da esquizofrênica...
Gale Fletcher terminou de colocar suas malas e as de Selena no
porta-malas e sentou-se no banco do motorista, com a enfermeira ao seu lado.
Lovato observou seus dedos se entrelaçarem entre os bancos.
— Pronta? — essa palavra saiu entre seus lábios nervosos.
Aquele carro parecia um entrelaçar de nervos!
A enfermeira também se virou, olhando para a menina junto com o homem.
A garota apenas soltou um riso nervoso, que pareceu mais com uma
tosse.
Bem... Pronta ela não estava, mas também ela não saberia quando
estaria. A única coisa que ela sabe é apenas uma coisa, ela concluiu, depois de
abrir o pedaço de papel que Kondor lhe deu, sendo atingida com uma tapa no
estomago pelo d’javu que lhe atingiu.
Ao passar pelo enorme portão da clínica, a garota finalmente abriu
o bilhetinho que parecia derreter em sua mão.
No pedaço de papel que Kondor lhe deu havia apenas uma coisa.
Uma única folha de grama estendida por toda extensão do papel.
Uma única folha de grama limpa e verde.
Uma única folha de grama que ela segurou entre seus dedos e abriu
a janela do carro.
Uma única folha de grama estendida pela janela do carro e sendo
espancada pelo vento cortante.
Uma única folha de grama sendo espancada pela realidade.
Uma única folha de grama a representando enquanto deslizava entre
seus dedos, acompanhando uma única lágrima deslizando sobre sua bochecha.
Uma única folha de grama se perdendo na estrada.
Uma única Demetria Lovato, esquizofrênica, saindo da clínica de
reabilitação do mesmo modo que saiu de seu mundinho particular para entrar em
outro mundo.
Por que afinal, ela é a esquizofrênica.
E só agora, ela aceitou quem ela é.
Uma autêntica admiradora da paixão.
A esquizofrênica.
Fim?
Custei muito para arrumar o que escrever nas notas finais. Quero falar tanta coisa!
Primeiro: Essa foi minha história predileta. Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu.
Segundo: Vai ter continuação! Só que no caso, eu só vou publicar aqui futuramente.
Bem, o motivo é que eu já venho escrevendo uma história e ela tem potencial! Ou ao menos, eu acho. Não iria trazer uma história para cá sem que ela não pudesse ao menos chegar aos pés da esquizofrênica. O problema é: ''A Esquizofrênica'' é incrível! E a parte 2 dela também está ficando! Mas eu quero trazer ela para cá com calma e parcimônia, e escrever ela do mesmo jeito. Eu quero ter paciência com ela e comigo mesma. Eu não quero escrever ela sem pé e nem cabeça. Agora ela vai para o mundo real! O quão difícil vai ser para ela se readaptar? E eu quero escrever isso. Quer dizer, quero que vocês saibam toda rotina antiga e nova rotina dela, quero que vocês saibam como ela vai lhe dar com novas pessoas e como as pessoas vão lidar com ela. Quer dizer, o pai dela é dono dos maiores colégios do país! Ela terá que estudar! O quão será difícil para ela? As pessoas são cruéis Mas dentro de todo esse caos, pode surgir algo bom! Ela não é a única pessoa que tem problemas, ela não será a única que vai sofrer, mas também não vai ser a única pessoa que irá se apaixonar. Se apaixonar pelo caos! Se apaixonar por ela mesma.

Me empolguei kkkk
Por isso eu escrevi outra história, eu queria aliviar a tensão para seguir para a próxima entende? Eu quero superar a esquizofrênica(por que fala sério, é difícil superar isso! Eu ainda não superei T.T #MeAbraçem), quero partir de uma ótima para fazer uma melhor ainda! Mas principalmente, por que eu queria aliviar a tensão -.- Minhas histórias servem para isso. Eu desabafo nelas!(entendam isso e concluam como quiser) E bem, a nova história que virá por ai é um grande desabafo meu :/ Portanto, tenham paciência com ela, e consequentemente, comigo. Eu estava insegura em postar ela aqui! Muito insegura! Mas não era por causa da história, mas por causa de problemas pessoais. Enfim! Foi um espaço de tempo que eu fiquei meio: ''Ainda não superei ''A Esquizofrênica'', o que vou fazer da minha vida agora? Tenho que escrever e publicar uma nova história, mas me recuso a mandar agora a parte 2 da esquizofrênica! Tem um monte de merdas acontecendo na minha vida e estou cansada! Portanto, vou sentar aqui no chão, desabafar com o papel, e esperar a vida passar até uma brilhante ideia surgir em minha mente que me ajude a superar.'' E só agora eu percebi que era aquilo! Aquilo que eu estava escrevendo(desabafando) seria minha superação!
O nome? Sonhos versus Realidade! Esse é o nome da minha superação, e eu espero de coração que vocês também acompanhem de coração e com o coração :) Qual é?! Eu sou a Rebecca Gomes! Eu escrevo em nome de Jesus u.u E essa história bombardeará o coração de vocês! E de tão salgada a realidade, ela vai ser um doce sucesso (spoiler ;)!
Depois de ''A Esquizofrênica'', ''Sonhos versus Realidade''(sigla: SxR), e depois de SxR, ''A Esquizofrênica 2''! Essa história vai me dar tempo para superar :')
Ah! Outra coisa! Para terminar o post... Eu e minha amiga super especial, fizemos um grupo no whatsapp para as leitoras e eu interagir e etc... \õ/ Então, se você quer entrar para o grupo, me adiciona no whatsapp e a gente conversa ;)
8587684224
(Para não ter aquela desculpa de ''Ah, mas é que eu não queria deixar meu número aqui ;) Então...
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*
(comenta ai rapaz, se quiser deixar pergunta aproveita, por que eu vou responder todos os comentários desse post ;)