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13 de mai. de 2014

Sonho versus Realidade - Capítulo 2.

Um entrelaçar.

— Demetria! — vagamente eu ouvia alguém me chamando. — Demetria! — era uma voz de homem, isso eu podia notar, mas parecia que eu estava no automático.
Eu olhava, mas não via. Eu escutava, mas não ouvia. Eu apenas fazia o que eu precisava fazer. Que no caso, já que eu estava em uma aula prática, era cortar verduras e legumes rapidamente e eficientemente, e era isso que eu fazia.
Minha mão direita estava firme enquanto abraçava o cabo da faca, enquanto a palma da minha mão esquerda estava pousada um pouco antes da ponta da faca.
Eu cortava aspargos.
Deslizava a faca desde o inicio até o fim por toda sua extensão, cortando a base.
Fiz isso com todos os 5, formando assim 10.
Os compactei em minha mão esquerda, enquanto com a direita eu empunhava a faca, nunca tirando sua ponta da taboa de cortar enquanto os picava.
Aquilo era altamente terapêutico para mim.
É como se eu tivesse controle em ao menos alguma coisa na minha vida, e se eu me ferisse, sararia depois.
Depois desse processo, bati a faca fracamente na taboa de cortar e limpei as laterais das mesmas com meu indicador, tirando assim todos os vertigios na faca. Descansei minha mão esquerda um pouco antes da ponta da faca e fui guiando a mesma pelos pedacinhos, fazendo pressão neles e os deixando menor ainda. Enquanto fazia isso, uma mão pesada pousou no meu ombro direito, falando comigo, mas eu escutava apenas vagamente, e o ignorava.
Eu estava com aquilo na minha cabeça. Pensando e pensando.
Será que eu o encontraria de novo?
Qual seria o assunto dessa vez?
Então uma mão fez pressão no meio da minha faca, entre minha mão esquerda e a direita, a empurrando para a taboa e me fazendo virar o rosto debilmente para olhar quem fez aquilo.
— Demi! — Joseph, meu amigo e parceiro de dupla me chamou pelo apelido. — Céus, parece que você está torturando o pobre do aspargo! Assim ele vai sumir quando a gente colocar ele na sopa, e nos não queremos isso, lembra? — ele era mais alto que eu, e segurava meu queixo para eu olhar para seu rosto; um lindo rosto, devo admitir.
Ele é moreno, seus olhos azuis me fazem suspirar, que foi que eu fiz agora, displicente; e ele riu, displicente.
Sim, eu deixo bem claro para ele que o mesmo me faz suspirar; e sim, ele deixa bem claro para mim que ama me fazer suspirar.
Cretino!
Seus lábios marotos desceram para minha bochecha, e eu pude sentir a mesma formigar, esquentando, me fazendo encolher.
A maldita barba rala dele me faz cocegas, e eu adoro isso! O maldito dono dela também sabe disso... E ele adora.
Como eu falei... Cretino!
— Desligue o automático, marrenta. — ele sussurrava em meu ouvido, brincando com o lóbulo do mesmo com a ponta fria do seu nariz.
E como se não tivesse feito nada, ele volta à bancada e mergulha uma colher na panela de sopa e leva a mesma aos lábios, bebericando com um sorriso sacana nos mesmos.
E como se eu não estivesse lesada o suficiente, eu volto a massacrar os malditos aspargos, agora com mais pressão na faca e com a ponta dos meus dedos formigando de vontade de correr por aquele maxilar bem marcado e sentir os meus dedos pinicarem pela aquela maldita barba.

Eu tirava o avental quando todos já haviam ido embora. Eu estava atrasada, mas especialmente lesada hoje.
Eu estava anestesiada.
As lembranças me anestesiam.
Eu relembrava toda maldita hora do meu dia o que tinha acontecido hoje de manhã. O meu doce sonho...
Joguei o avental na bancada e puxei minha mochila para meu ombro; abria minha mochila enquanto eu andava para a saída, procurando meu fone de ouvido e meu celular, quando eu quase caiu para trás depois que esbarro em alguém. Mais especificamente, esbarro no peitoral de Joseph, que eu suspeitava ser de ferro já que eu quase cai para trás achando que tinha esbarrado em uma parede(não seria novidade se eu tivesse).
Suas mãos alcançaram minha cintura antes que eu alcançasse o chão, mas sua gargalhada me alcançou, me embalando em seus braços e fuçando meu cabelo com o nariz enquanto me balançava da esquerda para direita, no ritmo de seu riso. Um tapa seco de minha mão acertou seu peito, e eu me afastei dele emburrada.
— Pare de rir! — o empurrei para o lado, irritada, praticamente correndo pelo corredor enquanto olhava as horas.
— Atrasada, marrenta? — a praga não saia do meu pé! E ele fazia questão de alfinetar.
— Se você quer mesmo saber, sim! — eu o encarei, quase tirando seu lindo couro com meu olhar.
Ele riu, alcançando minha mão livre e entrelaçando seus dedos com os meus, me fazendo bufar enquanto ele ria gostosamente e balançava nossas braços entrelaçados.
Quando chegamos finalmente ao ar livre, eu tirei minha mão da dele e o mesmo falou:
— Vem, eu te dou uma carona, marrenta. — eu parei, o olhando desconfiada.
— Se você tá queren... — me interrompeu, voltando a entrelaçar nossos dedos.
— É só uma moto, Demetria! — sorriu. — Eu juro que não estou querendo nada. — sua falsa carinha de anjo não me enganava.
Fiquei parada ali ponderando as opções que eu tinha, e quando percebi ele já estava montado em sua inseparável moto Harley-Davidson Fat Boy preta.
Céus, a visão era de suspirar.
Seus cabelos pretos displicentes caindo sobre seus olhos azuis era de se fazer babar, e ele não largava seu sorriso sacana no rosto por nada, me propondo subir naquela moto e o deixando acelerar até ele me fazer agarrar seu corpo.
Ele era desses.
E eu era daquelas que batia o pé por ele ser irresistivelmente tentador.
Nos éramos assim.
E ele sempre queria provar que eu estava certa.
— Sobe na garupa, Demi. — ele riu da minha cara de irritada. — Eu só vou te levar até o trabalho, mais nada.
Então eu subi, mesmo sabendo que ele estava mentindo.
— Você não presta, Joseph Campbell. — falei, enquanto pegava o capacete preto com detalhes de fogo que bailava pendurado em seu antebraço e colocava em minha cabeça.
Ele riu gostosamente enquanto colocava o seu do mesmo modo que o meu, então me olhou com a viseira aberta.
— E eu sei que você gosta, minha marrenta. — e antes de acelerar, me deu as costas e pegou minhas duas mãos, me fazendo inclinar para ele e rodear seu corpo com meus braços.
Com um solavanco ele acelerou, então meu corpo engatou com o dele, e como eu o conheço, eu podia garantir que ele estava com mais um de seus sorrisos sacanas bailando em seus lábios enquanto faiscava com sua moto pelo campus e cruzava a saída comigo agarrada ao seu corpo, e só agora percebi que ele falava a verdade.
Era só isso que ele queria.
Eu passando um tempinho que seja com ele, já que quase nunca faço isso.
E o ‘’desligue o automático’’ que ele falou, tinha muito mais significados.
Ele percebeu que esses dias eu estava assim. Só faculdade, trabalho e casa, faculdade, trabalho e casa... E isso me deixou no automático. E ele só queria... Desligar-me um pouco. Desligar-me um pouco nesse meio tempo; nesse meio tempo com ele.
Era só isso que ele queria...
Por que esse é o Joseph.
Tem muitos significados por trás dele, e ele só queria que alguém o desvendasse, ou ao menos tentasse.
Com isso na cabeça, ele parou a moto e eu pude notar que já havíamos chegado, mas eu não o larguei, eu continuei o abraçando, por que era disso que ele precisava, e era isso que ele queria.
Senti-me uma idiota por ter achado...
Ele tirou o capacete e colocou em um dos braços da moto, então eu tirei o meu e entreguei para ele, descendo da moto enquanto ele continuava sentado me olhando não mais com seu sorriso.
Desviei meu olhar dele e olhei para veiculo que ele estava sentado. Céus, aquilo devia ter custado o olho da cara! Mas eu sabia que era do pai dele, então...
— Meu pai me deu. — quando meus olhos pousaram em seu rosto, ele mordia fortemente o lábio e seus olhos estavam vermelhos por prender o choro.
Mas... Ele não devia estar feliz por ter ganhado a moto? Ele a amava!
E por mais lesada que eu seja, eu entendi...
Céus!
Eu me joguei em seu corpo e o abracei forte pelos ombros, deixando sua cabeça em meu ombro, e ele chorava, suas lágrimas molhavam meu pescoço, e ele soluçava.
— Ele morreu, Demi. — soprou. — Meu pai morreu. — ele repetia; ele queria tirar aquilo de dentro de si. — Meu pai morreu. — murmurou ao pé no meu ouvido.
Ele queria tirar aquilo de dentro de si!
Eu podia sentir seu coração tremendo, suas palavras amargas pulando de sua boca, seu corpo mole e pesado jogado em meus braços, me deixando o segurar, segurar sua dor.
Eu seguraria.
Por que ele sempre me segurou.
Por que éramos um entrelaçar de dor.
Éramos um entrelaçar de lágrimas.
Éramos eu e Joseph.
Sempre foi.
Desde os dez anos.
Continua...
Por que eu demorei uma semana para postar? Eu realmente prefiro nem comentar ¬¬' Mas o principal motivo é que não tava dando para eu postar! Não por falta de tempo, mas por que realmente não tava dando. A Caah, que me ajuda, também não tava dando para ela postar então sem post :( Por que não tava dando? Vários motivos motivos! Eu só posto se eu escrevo, e por algum motivo eu estava travada! E quando eu escrevia não dava para postar! Sim, tenho capítulos acumulados, mas mesmo assim eu só posto se eu escrever. Tenho que revisar, a Caah poderia betar para mim, mas eu gosto de fazer isso eu mesma. Estruturar e etc...
Decidi adaptar o Ian para Joseph por que pessoas pediram, então tá ai...
Por favor, tenham consideração comigo e com os capítulos que eu me esforço para trazer para vocês e gastem ao menos 5 minutos do tempo de vocês e comentem, por que nos autoras, gastamos 5 horas em compensação! E óh: AMAMOS  comentários grandes! Esses sim <3 
Gasto tempo, muito tempo, para trazer um site e um post limpo e bonito, e de qualidade para vocês <3 As vezes nos só precisamos de apoio!
Nessa semana ainda tem mais post, espero que vocês estejam pegando o quê da coisa.
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*
Me adicionem no wpp: 85-87684224! Umas gatas seduzentes já me adicionaram, e eu as amo muitoooooo <3 Minhas garotas u.u

9 comentários:

  1. que perfeito
    joeee <3 <3 <3.
    posta logooo
    beijos

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  2. Capitulo Otimo, Otimo, otimo

    Divulga pra mim *-*

    http://jamaisteesquecereijemienelena.blogspot.com.br/

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  3. Arrasou.. Eu, a Gertrude e a Brigite amamos! *-*
    kkkkkkkkkk
    Love you! <3'

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  4. Que perfeito :3 Mesmo não estando nos meus melhores dias, eu achei perfeito, Becca.
    Espero que poste logo, hein?
    Beijos

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  5. Não é porque eu shippo jemi, mas... eu prefiro o Joe do que o Nick kkkkk Ele é mais... real? NAO sei explicar kkkk mas prefiro ele amei amei

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  6. So porqie voce disse vou fazer um comentario grande,que perfeito,eu amo nao so a historia ,mas amo o seu jeito de escrever,o jeito de relatar os sentimentos,as metaforas,os sentimentos sem mascaras ou frieza,so sentimentos,tambem nao estou no melhor dos meus dias,mas tambem nao é o pior da.minha vida,porque hoje tenho pessoas como voce,Cissy e Bia pra me levantar,eu realmente amo o jeito que voce pensa e escreve,e estou aqui por voce pequena,pra sempre,estou longe mas isso nao significa que minha alma nao pode abraçar a sua,as vezes so precisamos de um colo e um abraço,e um pouco de amor

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  7. simplesmente perfeito!
    ainda não tinha começado a ler a fic e agora já virou meu vício!
    amei muitoooo o cap!
    a fic só esta no começo e já é essa perfeição!você escreve muitoo!
    posta logo!

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  8. eu quero nemiiiiiiiiiiii por favor fais uma coisa de ferente

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