Um gosto azedo e salgado.
— Meu Deus, Demi! — tragou, seus olhos
arregalados para mim. — O que é isso? Você que fez? — ele pegou outra Realidade
nas mãos, a analisando como se ela fosse uma obra de artes; e verdadeiramente, para nós aquilo era. Eles disparou a falar como ele sempre faz quando se trata
disso... — Essa crosta de açúcar por cima foi uma ideia perfeita! O salgado da
massa com o tímido doce do açúcar queimado mascarou docemente o salgado! E essa
massa? Me é familiar! Mas você deu seu toque, e me deixou confuso como sempre faz.
Realmente digno de Demetria Flow! — minha cabeça estava tombada na cama, minha
atenção e o sorriso que se apossou da minha boca sem nem eu mesma me dar conta
é totalmente dirigida para ele.
Ele disparou a falar como sempre faz.
E eu disparei a lembrar(vulgo viajar), como eu sempre
faço.
Eu, ele, uma amiga minha e um amigo dele.
Céus, nós tínhamos 12 anos quando tudo
começou! Ele era gordinho nessa época, mas não importava, não para mim; para
mim ele sempre foi e sempre será gordinho mesmo com seu corpo atual delirante.
Ele se esconde por trás de seus músculos, e eu sei o por que, e se mais alguém
se importasse um pouquinho e parasse para o observa-lo mais um pouquinho e não os seus
músculos, também saberiam. Um garoto entrando na puberdade, ou que foi jogado
nela; um garoto que não importa o quão bom ele fosse, nunca seria o bastante,
como se sua bondade e carisma nunca ultrapassaria seu peso, então ele só tinha
a gente. Eu, Ketlyn, Ian e Felip.
Uma inocente, que se passava por precoce.
Eu
Uma precoce, que se passava por boa
influencia. Ketlyn.
Uma boa influencia, que se passava por bad
boy. Ian.
Um bad boy, que se passava por santinho.
Felip.
Duas pessoas se dariam mal nessa
história.
Duas pessoas se dariam bem nessa história.
Era tão obvio!
Eu ainda não consegui descobrir aonde me
encaixo. E eu não estou falando só desse caso.
Felip e Ketlyn eram grudados, e como bons
amigos, Ian e eu os acompanhavam, e na nossa mente, por mais acanhados nós fossemos, aquilo era verdade, uma amizade verdadeira e que não iria acabar
mal.
Meu Deus, como eramos inocentes!
A quem queríamos enganar? Nossa vida
pessoal era um completo desastre! Então tudo o que nos rendia bons risos era
ótimo e libertador! Nos sentíamos livres!
Então os lábios de Ian encostaram nos
meus, e tudo o que eu pude sentir é que eu estava presa. Presa a ele. Presa a
esse sentimento arrebatador que de tão livre dentro de mim, me prendeu a
ele.
Para ele, ele não era meu primeiro.
Qual é?! Eu estava completamente
apaixonada por ele! E o que me fez saber que eu estava apaixonada? Não saber!
Mas por mais que essa escuridão esteja clara para mim, eu não o podia deixar
saber.
Não poderia deixar saber que ele foi o
primeiro que me beijou.
Não poderia deixar ele saber que eu estava
absurdamente apaixonada por ele.
Não poderia deixar ele saber que eu estava
com medo!
Por que para ele, era tudo parte de um
acordo. Um negocio.
Ele queria ser o bad boy.
Ele queria se esconder atras disso por
estar com tanto medo quanto eu.
Ele queria a Ketlyn!
Quem não queria? Ela era... Linda. Mas
como ele não podia, ele veio a mim, e eu malditamente aceitei o beijar, dizendo
que sim, que eu sabia o que estava fazendo, por que se eu não dissesse isso , ele
não ficaria comigo. Mas a quem eu queria enganar? Eu não sabia! Eu não saiba
que eu iria me magoar, e muito menos que eu iria magoar a ele.
Minha insegurança e meu pavor o pisaram e
chutaram para longe de mim, então eu voltei para minha casa depois de uma chuva
de gritos entre mim e Ian, deitei na minha cama, esperei o choro vir, mas ele
não veio; minhas pálpebras caíram e foi o meu sono veio, e Nicholas o
acompanhou.
Foi ai onde tudo começou.
E foi ai onde tudo acabou.
Saber que uma coisa vai lhe magoar é
diferente quando ela realmente o faz. Saber a verdade é diferente de quando ela
é realmente dita. Saber que você estava apaixonada é diferente de quando você
está amando.
Eu nunca soube a diferença entre está
amando e está apaixonada.
E a verdade seria se eu disse que eu
realmente não quero saber. Já falei que toda verdade é uma mentira?
Eu posso está parecendo insensível, mas eu
realmente não estou, nem fui, nem muito menos sou! Eu só estou poupando
detalhes. Eu só estou me poupando de detalhes. E eu também poupei Ian deles,
não só os detalhes, mas toda a história.
O poupei de saber que ele foi meu primeiro
amor.
O poupei de saber que ele foi o primeiro a
me beijar.
O poupei de saber que para mim aquilo não
foi só um beijo, ou só um acordo ou até mesmo um negocio. Foi muito mais para
mim, mas eu o poupei de saber, algo que ele não fez ao me contar de que aquilo
não significou nada para ele. Que eu não significava nada para ele.
Então dessa vez eu decidi me poupar.
Me distanciei de tudo e de todos, eu ainda
conseguia o ver de longe, com Ketlyn e Felip, então eu abaixava meu olhar para
o livro que estava lendo. Eles se mereciam.
Eu merecia o silencio que me rodeava e eu
podia saber que Ian também preferiria isso ao estar com Felip ou até mesmo
Ketlyn. Ela era realmente linda, mas seu físico era gritante. Felip o usava
como um lenço de papel, então chegou o dia que ele o descartou. Eu via seus
olhos azuis rodando pelo lugar até me encontrar, onde eu sempre ficava, e com
quem eu sempre estava. Sozinha. Com meu silêncio melancólico. E foi ai que eu
me tornei um mistério para tudo e para todos, ate para mim mesma.
Desde aos 10 anos nos conhecemos.
Aos 12 eramos como estranhos um para o
outro, nunca mais nos falamos. Eramos covardes demais para ir falar um com o
outro; mas eu tinha meu motivo: Eu não queria ir falar com ele pois tinha
medo de me apaixonar novamente por ele.
O motivo dele? Ele era simplesmente um
covarde. Ele sempre foi.
Então aos 15 ele me achou, enquanto eu
chorava naquela praça, em meu tumulo, então eu soube que eu ainda tinha medo de
me apaixonar por ele, mas dessa vez eu já estava familiarizada com o medo.
Ele emagreceu, ele estava mais forte, e
ele deixou a covardia de lado e ocupou seus braços em mim em um abraço forte,
em um abraço gordo de sentimentos.
— Realidade. — balancei levemente minha
cabeça, espantando as lembranças que queriam me abraçar. — Realidade. —
pigarreei, sentando-me na beirada da cama. — Eu chamo de Realidade.
Ian tragou o que tinha na sua boca em seco
e me ponderou.
Eu havia respondido sua pergunta, eu
estava ali, mas ele sabia que eu vim de longe...
— Onde você estava? — direto e claro. Ian.
— Deitada na minha cama. — evasiva e
escura. Eu.
Ele sabia que eu não precisava ser evasiva
com ele, não com ele, e que eu realmente não era! Mas eu não iria falar o que
estava se passando pela minha cabeça com ele, não essas lembranças.
Meus olhos se focaram nos seus, e agora
ele estava repentinamente sério; até parecia que a novela que se passou pela
minha cabeça agora estava aparecendo diante de seus olhos, mas é apenas eu que
estou diante deles.
Oh!
Isso é o suficiente.
Eu me levanto de minha cama e o delineio,
indo para o banheiro.
Ele ainda estava de costas.
Então ele finalmente acorda e estufa o
peito, levantando os ombros, se virando para mim.
— Bom nome. — ele sorri para minha figura
no espelho, e eu estou escovando os dentes, minha boca está cheia de pasta e eu
estou sorrindo para sua figura no espelho magra e máscula, atras de mim. — Por
que o escolheu?
E por menos gordo que ele esteja, eu ainda
o vejo com o peso acima, um moleque pelo qual eu me apaixonei mesmo sabendo que
não significaria nada para ele, eu lhe entreguei meu coração mesmo sabendo que
isso é fisicamente impossível e que iria doer mesmo se ele continuasse em meu
peito. Era um risco e ainda é só por eu ainda está ao seu lado.
Cuspo na pia e enxáguo minha boca,
limpando a mesma com uma toalha, quando volto para a minha imagem no espelho eu
ainda sou aquela garotinha insegura e medrosa e ele ainda é aquele gordinho
metido a badbay, e eu vejo como eu sempre vi que nunca deixamos de ser isso,
mas agora também nos tornamos o que queríamos ser.
— Por que eu ainda estou com você. — eu o
respondi, e depois de um sorriso para sua expressão confusa eu continuei: — E
por que por mais que você não valha o esforço, você é a porra da minha
realidade.
Suas mãos estavam na minha cintura, ele
estava nervoso e suas mãos estavam geladas; eu não estava diferente, eu podia
sentir meus olhos se enchendo de lágrimas não derramadas, e ele sorriu para
elas, criando coragem e aproximando sua boca da minha. Havíamos acabado de sair
de um aniversario de uma amiga nossa e ainda estavamos com o gosto azedinho do
mousse de limão na boca que acabamos de comer. Seus dedos apertaram minha
cintura e seus lábios grossos finalmente descansaram sobre os meus.
Oh!
Minhas pálpebras pesaram e se
fecharam, e uma lágrimas escorreu por meu rosto, rastejando pela minha bochecha
e parando no canto de nossos lábios juntos.
Seus olhos azuis iluminaram o lugar escuro
por estarmos de noite debaixo de uma grande árvore, e seu polegar limpou o
rastro da minha lágrima; quando eu vi a ponta de sua lingua passando por todo
seu lábio e capturando o salgado da minha lágrima, eu repeti sua ação nos meus
lábios, e eu pudi sentir o gosto salgado com azedo, e eu defini o mesmo como o
gosto da realidade.
Como minha realidade deveria ser.
Com ele.
Suas mãos tremulas apertando minha
cintura.
O peso dos seus lábios sobre os meus.
Seus olhos iluminando meu medo.
Eu correndo dali como a menininha que
medrosa que eu sempre fui.
Um gosto azedo e salgado na boca.
Continua...
I'm back, bitches!
Antes tarde do que nunca!
Booooooom, por que eu tô aqui? Por que aqui é o meu lugar, e daqui eu não saio u.u Mesmo que eu esteja escrevendo para o vento, é isso que eu vou continuar fazendo, por que é isso que eu amo. Mas... Eu sei que tem umas garotas(minhas gatas seduzentes ;), que estão me lendo, e que vão me ler. E é para você, você que está lendo, é por você que eu estou escrevendo. Tá, não gostou? Não vai comentar? Não é isso o que me move! (tá que é ótimo se você comentar), mas... O que me move é isso, escrever, é Deus! Então é por isso que eu estou escrevendo, e postando, por que eu sei, que em algum lugar, atrás dessa tela, tem alguém, em qualquer lugar! Pode ser eu mesma, mas tem, e é por isso.
Passei muito tempo sem vir aqui, então vou fazer um post mais especifico sobre minha volta e como eu quero que as coisas sejam daqui para frente, e o porquê de algumas coisas também, e o que tem pra esses dias hahaha E se não tem ninguém lendo, bem, ao menos eu vou me lembrar do que eu vou fazer ;)
Beijos gatas e gatos seduzentes, e até mais, saudades <3
"...Eu correndo dali como a menininha que medrosa que eu sempre fui.Um gosto azedo..." e salgado na boca e.. CADÊ O RESTO REBECCA GOMES????.. HEIN? AGORA QUE EU DESEMBESTEI A LER...
ResponderExcluirTá que isso foi pra dá meu ar dramático de sempre hehe'
REBOLAA MEU POVO, MOMMY PODEROSA SEDUZENTE TÁ DE VOLTA! Ah é, han han, ah é!
Ainda volto com um capítulo ultra mega power fodástico de derrubar 100 forninhos..
Já super deixo postar o próximo u.u Brigada. de nada.
Beijoooss princessa seduzente. Que bom que estais de volta :)
volta*
Excluirfui a primeira, produção u.u reverenciem aos meus pés!
kkkk
Kkkk aaah vc voltooo...
ResponderExcluircade o rrestoo???
Você voltou, Becca! Bom te ver de novo!
ResponderExcluirContinue, sim?
Besos
OLHA AI O MILAGRE ACONTECENDO PESSOAL!BECCA IS BACK *_*
ResponderExcluirE voltou em grade estilo,que cap perfeitooo,vc lacrou moça!
vc é má não precisava parar logo ai! Alimentar a curiosidade das pessoas não é legal! Continua logo pq essa história ta foda!
Love u boo!
Linda,voltou arrasando u.u
ResponderExcluir❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Adorei tudoooooo,ansiosa
Para saber mais viu.
Linda,posta logoooo
Beijos