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15 de dez. de 2013

A Esquizofrênica - Capítulo 16

Minha nova dor.

Um mês antes...
O homem de terno está sentado atrás de sua mesa, revendo as papeladas do trabalho em sua imponente empresa quando a secretária aparece na porta.
¾ Senhor Fletcher. ¾ começou. ¾ Uma carta endereçada ao senhor. ¾ avisou, e com um aceno de cabeça, a carta totalmente branca com apenas o nome do destinatário, foi deixada na mesa de vidro.
“Querido Gale Fletcher,
Ainda não posso lhe falar quem sou, mas posso lhe dizer uma coisa que descobrir. Mas não se preocupe, não serei eu que lhe cobrarei pela informação que eu irei compartilhar com você, que à anos minha filha compartilhou comigo. Agora sabe quem sou, não é mesmo? Eu sou a mulher que era para ser sua sogra, caso minha filha Suze não decidisse fugir de você quando engravidou. Ela lhe contou isso? Contou, não é mesmo? É; eu sei. E sei também que isso aconteceu à exatamente 16 anos, a idade de que sua filha tem hoje. E, que quando ela foi lhe dar a notícia da gravidez, você a enxotou como um vira lata, acusando-a de oportunista. Já lhe contaram que nem tudo roda em torno de você e do seu dinheiro? Pois bem, agora eu estou dizendo. E estou dizendo também, que existe sim, uma pessoa que verdadeiramente era para ter as coisas rodando ao redor dela do que seu dinheiro estúpido e você! O nome dela é Demetria Lovato, 16 anos, e que desde aos 6 anos está em uma clínica de reabilitação. Choquei você? Desculpe, mas essa parte ainda não é a pior. Suze morreu. E agora, sou eu que estou morrendo. Estou com câncer, Sr. Fletcher. E não posso mais ter o luxo de contar com a sorte de viver um dia após o outro. Por isso essa carta. Demetria não tem mais ninguém; e quando eu morrer, ela terá que sair da clínica, já que não irá ter quem pagar a mesma. Por isso eu espero que dessa vez, você acredite, como não acreditou em minha filha. Se quiser confirmar se é verdade, que realmente você tem uma filha, e que ela está em uma clínica de reabilitação, veja o anexo dessa carta e ligue para o lugar onde ela está. Fale com o Dr. Kondor; ele é quem cuidou de Demetria até hoje. Mas eu peço, por favor, acredite. Tem todos os documentos necessários anexos nessa carta para reforçar que você acredite, e, caso queira, você assuma a responsabilidade de minha neta, por que eu não posso mais. E, caso você veja ou fale com ela, diga-a que eu a amo muito, e me arrependo de nunca ter visitado-a por ter medo de me machucar pela morte de Suze, pois Demetria lembrava-me a mãe. E acabei a machucando, como nunca quis fazer.
Com amor,
A avó da sua filha.

¾ Calma, está tudo bem. ¾ Selena repetia, pela milésima vez para a menina de cabelos pretos com os antebraços amarrados a cama, e os calcanhares também. ¾ Eu não vou lhe machucar. ¾ murmurou, ao notar o olhar amedrontado da menina.
Demetria voltou o olhar para o teto e lá se fixou, entrando em seu mundinho e se trancando lá. E quando ela ia fechar o cadeado de seu mundo particular, sentiu a enfermeira desatar as amarras de seus braços. A menina colocou a cabeça para fora da porta para espiar Selena terminar de livrar suas pernas.
¾ Está tudo bem, ok? ¾ seu sorriso materno puxou a menina para a realidade. ¾ Eu não tenho medo de você, e você também não deve ter medo de mim.
Mas esse não era o problema. Lovato não estava com medo de Selena. E sim dela mesma!
¾ Se comporte, tudo bem, Demetria? Eu não quero ter que me arrepender de ter lhe soltado. ¾ E ela deu as costas, saindo pela porta.
Enquanto continuava deitada, porem solta. A garota tentou descartar todos os pensamentos relacionados ao dia de hoje que resolveram infernizar sua mente.
Esse é o problema de se ligar a realidade. Ter que lidar com todos os pensamentos e emoções a todo e a qualquer momento.
E verdadeiramente, Demetria não entende o porque das pessoas ligarem tanto e dar tanta importância a pessoa estar ou não ligada ao mundo real.
É um saco! Essa é a real!
¾ Seus remédios. A doutora Jennifer, sua psiquiatra, mandou eu lhe dar. Ela não poderá lhe ver, pois ocorreu um imprevisto.
A garota deu de ombros. Só não se passava pela sua cabeça que esse imprevisto se chama Gale Fletcher. Seu pai. Que resolveu ocupar todo o tempo da medica em um interrogatório de como ficou sua filha durante todo esse tempo.
Enquanto Lovato engolia todos os comprimidos, a enfermeira continuou:
¾ Você ainda poderá ver o pôr do sol, que todos sabemos que todo santo dia você observa. Mas você só poderá sair depois de comer algo, ok?
E foi ai que Demetria estranhou.
Selena estava indiferente?
Sabe aquela sensação que você está sobrando? Que você é só mais um peso extra e um assunto inacabado? Pois é... É exatamente isso que a garota de cabelos negros está sentindo.
¾ Você está sendo indiferente comigo? ¾ perguntou, inclinando a cabeça e com os olhos semi cerrados.
Gomez se defendeu.
De que, meu Deus?
¾ Lógico que não. ¾ virou o rosto e caminhou até o sofá. E ouvindo as solas de pés descalços batendo no chão atrás de si, ela soube que a menina a seguiu.
¾ Eu estou magoada, tudo bem? ¾ virou-se, encarando a confusão de Lovato. ¾ Ora! ¾ bateu na coxa. ¾ Você chega desacordada, sobre um ombro de um brutamonte. ¾ ela falava alto e rápido, indo e vindo, de um lado para o outro, olhando para o chão. ¾ Por que é; eu não posso chamar aquilo de paramédico. ¾ apontou para a garota. ¾ Isso tudo, depois de você ter gritado. Por que todo mundo deve ter ouvido seus gritos. E, depois deles praticamente lhe jogarem a cama e amarrar você. ¾ e ela ofegou, acabando. ¾ Demetria, pelo amor de Deus. O que deu em você? Por que eu exijo explicações depois de você ter me feito preocupar-me tanto com você!
E ela parou. Percebendo que falou demais; mas a tempo de evitar dizer que ela chorara quando a menina continuava desacordada na cama. Morrendo de preocupação com a menina; e blasfemando com a esquizofrenia que estava escorada na porta, com os braços cruzados diante do peito, e com um sorriso de satisfação trajado nos lábios.
Ela não devia exigir nada. Não devia preocupar-se com a menina. Não devia ter chorado.
Não devia ter se apegado...
¾ O que deu em mim?
¾ É. Por que gritou daquele jeito? ¾ a enfermeira perguntou, sentando-se no sofá. ¾ Você estava com o doutor Kondor, não estava?
¾ Sim, eu estava. Mas não estava só com ele. ¾ sentou-se também.
A boca da enfermeira formou um ‘’O’’.
¾ Estava com mais quem?
¾ Eu estava com meu pai.
E foi ai que a maior se ligou de tudo. Mas o mais irônico, é que dizem que somente quem vive na vida real se liga em tudo... Muito pelo contrário. Quem vive na vida real é mais alienado do que quem é julgado como louco ou estranho. Também; por que acham que a pessoa enlouqueceu?
Tão sábio é o louco, que ele deixou as pessoas acharem que ele enlouqueceu. 
Continua...
     Hum, hum, hum. Sei que estou em debito. Notícias amanhã, para me redimir. Algo relacionado a uma palavra que começa com ''MA'' e termina com ''NA'', e que vocês pedem sempre ;) Adivinharam? 
      Sei... Foi uma puta sacanagem minha por ficar uma semana sem postar. Mas tem motivo, e tem recompensa. :D



     Beijos gatas e gatos seduzentes ;*
     Ah, eu sei que não mereço, mas POR FAVOR, preciso saber o que acharam do Gale <3

3 comentários:

  1. Aaaaah! Meus Deus, tô tão in love com Semi :3
    Véi...Te amooooo! Que seja grande essa maratona para mim lhe amar mais! Hahaha
    Foi mesmo, só digo uma coisa: Quero te bater!
    Até agora?.... Um pai fofo preocupado. Or enquanto estou o amando! Mas sei que isso não vai durar, tu vai fazer com que ele faça uma merda, e eu tenho ate ideia de qual.

    Beijos! Não demore a postar u.u

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  2. O.m.g.
    Adorei o capítulo...
    To vendo o quanto ruim e o pai da demi...tá ele até que foi meio legal ver a demi...mais ainda e cruel.
    To doida para demi ir no jardim <3 <3 <3 <3 <3
    MARATONA ???? sério...que máximo se for isso mesmo <3
    Posta logo minha bonequinha <3
    Beijos

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  3. To passando mal
    Semi é tão amozinho cara
    Como não amar
    Maratona?! uriiss
    Nem vou falar muito pq to com o dedo machucado porem
    Posta logoooo
    Beijos!!!

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