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18 de mar. de 2014

A Esquizofrênica - Capítulo 36.

Libertação.

— Podemos conversar? — ele perguntou depois de pousa-la no chão.
O sorriso aberto no rosto da garota foi uma resposta, e ela mesma abriu a porta do jardim.
— Sobre o que? — ela perguntou, depois de se sentar na base do tronco de uma árvore e olhar para o horizonte.
Já era fim de tarde, e logo o sol apareceria para ir embora.
Gale se sentou ao seu lado, olhando para sua filha.
Seu pôr do sol.
— Sobre sua avó.
Oh!
O que?
Mas a menina não perguntou, ela apenas olhou para seu pai, demonstrando bem sua expressão de espanto.
Avó...
— E sobre  como eu vir parar aqui. — ele engoliu. — Sobre como eu descobrir ter uma filha.
Ele estava vestindo seu terno de habitual, com certeza por que havia acabado de sair do trabalho. Demetria queria saber de que, mas sabia que teria bastante tempo para perguntar.
Ele tirou seu terno e ficou apenas com uma blusa social de linho branco, e com uma calça social preta, junto com seus sapatos da mesma cor.
Seus cabelos pretos voavam como grama ao vento, mas permaneciam lá.
Lovato sorriu com isso.
Percebendo que a menina não falaria nada, ele começou:
— Quando eu estava no trabalho, eu recebi uma carta. — tirou a mesma do bolso do terno que estava em sua mão. O papel ainda estava liso, sem nenhum amassado.
Ele entregou a menina.
— Leia.
E ela leu. Seus olhos encheram de lágrimas ao saber da saúde debilitada da sua avó.
Era sua avó! Avó que ela nem conhecia... Mas ela podia sentir no sangue o reconhecimento do irreconhecido.
E ela nem sabia se ela ainda estava viva!
Mas por mais que seus olhos implorassem para libertar o que estavam segurando, ela não chorou. Ela não ia borrar aquela carta com suas lágrimas. Ela não queria borrar a única lembrança que ela tinha de sua vó.
Levou o papel ao nariz e inalou o cheiro, mas o único aroma que saiu de lá foi o de seu pai, e ela identificou esse cheiro como o cheiro da família.
Ela amou isso.
Alcançou o braço que seu pai estava usando para sustentar seu peso no chão gramado e depositou a carta em sua palma, cheirando as duas coisas ao mesmo tempo e depositando um beijo lá. O cheiro de grama teimou em também participar da lembrança, mas ela deixou ele a parti.
— Continua. — pediu.
Os olhos de Gale estavam vermelhos pelo esforço de segurar as lágrimas salgadas.
Ele pigarreou.
— Antes venha cá. — abriu os braços, se encostando em um troco de árvore e a puxando para seu colo. Demetria sorriu, se estreitando nos braços de seu pai e encostando a cabeça em seu peito, inalando seu cheiro a cada respiração.
E ela soube.
Lá era seu lugar.
Lá era sua família.
Gale trouxe um braço da menina para cima pela mão, e distribuiu beijos desde seu ombro até a palma de sua mão.
Beijou cada cicatriz.
Cada corte.
Beijou sua filha.
O coração dela.
— Selena tirou-as de mim. — ela se sentiu no direito de falar ao seu pai.
E ele soube que se tratava de suas antigas ataduras.
E ele também soube que não se tratava só disso.
— Quando terminei de ler a carta, eu liguei para Kondor. — varreu a testa da menina com seus lábios. — Eu senti tanto! E ao mesmo tempo, não senti nada. — ele a apertou em seu abraço, e ela se estreitou em seus músculos. — Foi como quando lhe abracei. — aveludou a voz em um sussurro: — Como segurar uma grama em um vendaval.
Demetria observou o céu atingir uma coloração alaranjada. Algo que também estava acontecendo com seu sangue, ou algo do tipo.
— Eu apenas sinto muito! — ele exclamou, cheirando seu cabelo.
Ela inclinou o rosto para olhar o dele; quando seus olhos pretos caíram em suas lágrimas, ela beijou-as.
— Apenas sinta. Por que agora, eu sinto. — revelou, com seus lábios ainda em sua pele, em sua barba, que agora estava rala.
E nada mais precisou ser dito.
Eles ficaram assim, ela, no colo dele, com seus pés sentindo a grama lhe fazendo cocegas  e entre os abraços dele enquanto sua cabeça descansava em seu peito. Ele, com ela em seus braços, sentindo a maciez de seus cabelos em sua bochecha, com seus lábios em sua pele aveludada, sentindo o cheiro dela enquanto seus braços a apertavam mais para si.
Por que agora, ele podia sentir que ela não estava mais aprisionada em seu mundinho, e sim em seus braços.
Continua... 

Tsc, Tsc. Olha quem chegooooooooooou \õ/
~me esquivando das pedras que vão jogar em mim NÃO ME APEDREJEM! 
Já estou começando a escrever a esquizofrênica 2, e quero terminar, depois pode deixar que eu mesmo morro sozinha de um ataque epilético! KKKK No fim da esquizofrênica eu quase morri!
Enfim, sabem minhas fics antigas? Pois é... Talvez chegue por ai uma versão 2.0 delas... Enfim, tô dizendo nada, e não sei de nada u.u Apenas uma... Opção? O que acham? 
E, ah! Eu amo escrever os momentos pai e filha :) Detalhar bem eles :)
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*

6 comentários:

  1. Beccaaaaaaaaaaaaaaaaa! eu nunca te jogaria pedras rsrses sumida,nem textos mais...hum
    Mas eu espero viu
    Bjs Becca e espero q milagrosamente vc responda esse comentario r rsrsrsrs
    ass:jessie

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  2. Eu nunca te mataria, pois não haverá ninguém para continuar as histórias

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  3. GEEEEENTE Q CAP PEEERFOOO. Q LINDO. eu ia adorar uma versao 2.0 de qlqr uma das fics

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  4. Que perfeito
    Como sempre criativa u.u
    Postaaa logoooo
    Beijos

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  5. QUE CAP PERFEITO!
    fique com os olhos marejados! amei esse momento pai e filha!
    HAHAHAHAHA Ñ TO ME AGUENTANDO FICOU MUITO MUITO MUITO BOM!
    se vc fizer um 2.0 das fics antigas eu vou ai em Fortaleza e passo 1 dia fazendo oq vc quiser!
    beijos bolinho de arroz!
    continua Logo!

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  6. Pode deixar meu amor! Antes mesmo de você ter um ataque, eu te mato! :3 Porém, assim que você terminar de escrever AE 2 :3 Hahaha
    Tão fofo esse momento pai e filha :3 To in love com o Gale :3
    Quero mais textos :3

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