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22 de fev. de 2014

Horizonte.



      Sentado na areia de uma praia qualquer eu sorri. Em plena madrugada esperando os raios de sol aparecer e me darem o prazer de aprecia-los, me fazendo desejar cada vez mais a ser como eles, almejados e apreciados. Meu olhar se fixou no mar a minha frente, me fazendo delirar com o som das ondas e me proporcionando arrepios com as pequenas gotas que tocavam em minha pele quente.
     Meu olhar agora se fixou no sol a minha frente, meus olhos se semicerraram e eu os fechei por fim, me deixando ser atingido com a temperatura do calor do sol que se faz presente pela manha. Ainda com os olhos fechados pude ver entre meus pensamentos imagens se passando em minha mente, como uma tela de cinema feita para me lembrar da minha amizade recente.
     Procurei não me iludir facilmente com a afetividade repentina do meu suposto amigo para comigo, afinal eu não sou bem o mais indicado para se relacionar de qualquer modo, não sou bem o tipo de pessoa que deixa visível os seus sentimentos ou que gosta de se machucar, pois eu não gosto de me apegar, pois eu sempre vou sair machucado de qualquer modo, mesmo se eu lhe deixar ir ou lhe pedir para ficar.
     O problema é que me apego facilmente e que eu cansei, cansei de me doar, cansei de me doer. Abri meus olhos com dificuldade, na tentativa de não pensar mais em nada e deixei o som do mar me guiar até o mesmo, molhei somente meus pés e fiquei apenas apreciando a areia se esvaindo entre meus dedos, com o vento forte batendo em meu rosto pude ver melhor o que estava a minha frente, uma imensidão Verde e logo no horizonte o sol que eu tanto apreciava e almejava.
     Andei pela areia tentando me distrair em meio as minhas ilusões, me mantendo focado apenas nos raios de sol e no calor que já se fazia sentir no local, tirei minha camiseta e a coloquei sobre o ombro, continuei caminhando, apenas pensando em como eu daria com esse problema, eu mesmo.

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