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7 de fev. de 2014

Meu rotulo.


 Na sala de aula olhando o quadro cheio de letras suspirei. Ajeitei minha franja que caiu sobre meus olhos e comecei a copiar em meu caderno a minha angustia, fazendo-a criar forma de letras e fazer jus a minha caracterização mais frequente, ‘’Depressiva’’. As palavras melancólicas saem facilmente de mim, essa é a minha essência, as pessoas só tinham que respeitar, nem sempre poetas ou escritores são depressivos.
Tudo se baseia em julgamento, rótulos, isso forma a indecisão, eu não sei o que farei, tudo para mim parece permanente assim, como meus erros.Por que ser você mesmo não pode ser um rotulo? ‘’Melancolia é uma válvula de escape para a tristeza, pode parecer estranho, mas assim é a vida, estranha e amedrontada pelos seres que fazem ela, o único modo de passar a tristeza é com mais tristeza para nós nos apoiarmos e criar forças para andar. Essa é parte da minha essência, é como um liquido, mas não prove, ele é amargo e corroí aos poucos.’’ Leio baixinho o que acabei de escrever, gerando mais julgamentos por eu estar lendo, ‘’Nerd’’ gritam para mim.
No intervalo me junto com meus amigos, mas não adianta, parece que eu sou uma peça extra que não se encaixa no quebra cabeça, uma peça de pura tristeza. Minha armadura atrapalha a minha socialização, me fazendo brincar com meu próprio liquido de tristeza e consequentemente derramando um pouco em minhas retinas, fazendo as mesmas molharem.
Indo para casa a pé com duvidas e indecisões na cabeça, como imãs que se repelem, fazendo o julgamento que está em minha mente me atormentar maldosamente com um sorriso no rosto. Eu não vou conseguir resolver nada assim, e pior, se eu errar vai se tornar permanente por causa da droga do julgamento, vai se tornar permanente em minha mente.  
A vida perdeu a graça, a graça dela são os erros, afinal ninguém ver graça em acertos. Deve ser por isso que as pessoas riem de mim, eu sou um erro ambulante, vivo cometendo eles tentando acertar e sendo cegada mais ainda pelos apontamentos das pessoas. Sorriu comigo mesma, como a vida é amável comigo. Ela me cegou, fazendo-me usar penas o tato para achar algo, as vezes me cortando quando toco em algo cortante. Mas ai está o meu acerto, meu acerto está em meus erros, por que eu finalmente consegui acertar, consegui me achar, essa sou eu, cheia de erros e acertos, esse é meu rotulo. 

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