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16 de fev. de 2014

Minhas Chaves.


Esse texto foi um pedido da Jessica.
Indico ler escultando a seguinte música: aqui.
Fiquei muito feliz em escrever, eu amei! Até me empolguei, e acabou meio grande, mas vale muito a pena! Espero que você também goste :)
Façam seus pedidos também!
Agora o texto:


Sinto espinhos pelo meu corpo. Oh, eles estão me furando de dentro para fora! Abro os olhos rapidamente e levanto da cama em um solavanco, ficando ajoelhada na mesma e olhando assustada para meu corpo de pijama, constatando que não há nenhum espinho ali, ou algo pontudo. Oh; é apenas meu sangue correndo por minhas veias e querendo fugir do mim assim como eu fiz.
Ainda ajoelhada na cama, abraço meu corpo como que para me proteger do frio; mas não está frio, e é de outra coisa que quero me proteger. De mim mesma. Minhas mãos pinicam em minha pele, e são apenas meus espinhos surgindo de meus poros e se evidenciando. Alguém abre a porta e liga o interruptor de meu quarto. Meus olhos! Olho para meu corpo para proteger meus olhos da claridade e vejo os espinhos rasgando minha pele. A pessoa pergunta se estou bem, e outro alguém responde que sim. Fui eu mesma.
‘’Você vê?’’, pergunto. Seu olhar confuso responde minha pergunta, e ele ou ela fecha a porta desligando a luz. Eu estou com medo e banhada em sangue. Os espinhos rasgaram minha pele, e eu me deito receosa. Ah! Estou em chamas. Olho novamente para a porta e vejo grades, aperto meus olhos e procuro ver melhor. Uma pessoa está atrás das grades. Sou eu mesma? Sim. E eu estou segurando uma rosa, mas não me mexo!
Tento me levantar da cama, mas os espinhos cravaram no colchão. Faço força para cima e ranjo meus dentes. Coloco meus pés no chão e me movo ao encontro a grade. Meu corpo está calejado, e a cada passo sinto meu sangue quente correndo pela minha pele. É, ele conseguiu fugir de mim. Eu o invejo.
Chego a grade e estou frente a frente comigo mesma. Vejo em seu rosto que ela me odeia; seu olhar de reprovação me deixa apavorada, e quando ela se move para ir embora, passo minha mão pela grade e seguro a sua; ela grita, e eu me lembro que tenho espinhos, então a salto, mas agarro a rosa entre meus dedos, e agora é minha vez de gritar, soltando-a no chão.
Ela também tem espinhos, e eu percebo que ela é igual a mim. Ela só quer se proteger. Pego-a novamente e a cheiro; quando a olho novamente, está jorrando sangue, e eu choro, largando-a novamente como fizeram comigo. Oh! A rosa sou eu! Apoio minhas mãos na grade e deixo minha cabeça pender para baixo entre meus braços em um choro arrebatador. Quando abro os olhos, meus espinhos estão no chão, e sinto mãos em cima das minhas. Levanto a cabeça para ver quem é, e eu me vejo.
     Sorriu e olho para trás. Céus, não sou eu que estou presa pelas grades! É ela! Desespero-me e forço a fechadura da grade, tentando abrir. Meu eu o outro lado da grade ri, e quando eu a olho ela indica meus espinhos. Pego um entre meus dedos e percebo que não eram espinhos, eram chaves! Fecho os olhos e abro a fechadura, e o som que escuto é libertador. ‘’Sim, agora estou bem.’’ 
Por favor Jessica, comente o que achou. Obrigada desde já.

Um comentário:

  1. Claro que vou comentar Rebecca.
    Apenas.uma palavra define...PERFEITO
    Tudo o que sinto e todos os medos.estavam aí.eu.pensava que eu era louca e pelo visto ou eu sou normal ou vc é louca como eu.num bom sentido.eu amei o texto e fiquei com gosto de quero mais

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