Meu sol.
No dia seguinte, Demetria acordou mais cedo do que no dia anterior.
Ela não estava amarrada, isso permitiu-a espreguiçar-se gostosamente na cama.
— Olha! Vejo que minha gatinha manhosa acordou. — Selena rompeu pela
porta, com seu café da manha em uma bandeja prateada.
Demetria quase ronronou. Quase. Invés disso ela sorriu.
— Me soltou durante a noite?
— Sim. — deu de ombros. — Mas esse será o nosso segredo, ok? Meu,
de você, e do seu pai.
A menina hesitou; não por não precisar ser mais amarrada e fazer
disso um segredo. Mas pela citação do seu pai.
— Tudo bem. — reprimiu um sorriso, e correu para escovar os
dentes.
Selena observou-a pela porta aberta; ela estava tão diferente. Mas
ao mesmo tempo, tão igual.
Essa é a sua Demetria.
Enquanto a menina ia para o jardim, Gomez foi para o seu quarto.
A mulher morava em uma ala separada do centro de reabilitação,
separada apenas para os que trabalhavam lá. Era grande, dividido em cubículos
que tinham apenas três cômodos — quarto, banheiro e cozinha. Nem todos
preferiam se alojar ali, outros moravam próximo e voltavam ao amanhecer.
A pequena mulher cor de cobre cumprimentou uns e foi
cumprimentada por outros enquanto ia para seu quarto. Ela construiu amizades
ali, e é grata por isso. Era conhecida por todos como ‘’pequena fera’’, pois
foi com muita garra e força que ela aceitou e firmou-se na tarefa de ser
enfermeira da esquizofrênica. Muitos tentaram, e poucos conseguiram. Então
rapidamente ela concluiu que agir com indiferença verdadeiramente a faz
diferente, e não é apenas um estado de espírito. Não era a esquizofrenia ou o
nome de qualquer doença ou transtorno que faz os residentes do centro de
reabilitação diferentes; é o efeito colateral, a marca registrada. E a marca
registrada de Demetria, é a indiferença. Mas é ai que as pessoas se enganavam. Essa
não é a marca registrada de Demetria, e sim da esquizofrenia.
Ao chegar em seu alojamento, Selena jogou-se na cama e respirou
fundo.
O que ela faria a seguir?
— Gale?
— Pequeno troféu? — ele atendeu o celular.
— Sim, seu. — virou-se na cama, ficando de lado.
Eles ficaram ouvindo as respirações no celular. Céus, ela estava
louca por ele!
— Sim, meu. — ele assinalou, girando na enorme cadeira da
presidência da maior e melhor escola do país a que é dono.
Essa intimidade surgiu tão inesperadamente e tão rapidamente, tudo
fluía entre eles. E por mais assustador que isso seja, eles gostavam disso. Nem
era para eles serem tão ligados, e tão íntimos. Ele era o pai da paciente, e ela
a enfermeira da filha dele; isso era loucura!
Eles estavam enlouquecendo.
Eles sabiam disso.
E eles pouco se importavam com isso.
Depois de longos minutos, ele perguntou:
— Qual o motivo da ligação?
Por Deus. Nem ela sabia!
— Ah. É. — virou-se para a esquerda. — Preciso falar com você.
— Nove horas, quando Demetria estiver dormindo, me espere no jardim.
— Mandão! — acusou-o, ele riu.
— Até a noite, pequeno troféu. — e desligou.
E ela mal podia esperar chegar à noite.
Demetria estava andando pelo jardim por horas, e nada. Joseph não estava
ali. Ela já suava, pois estava quente. Não. Não estava.
Dentro dela estava quente!
Tinha um sol no lugar do seu coração. Ou era apenas seu coração? Era para ser assim?
Ela já não sabia mais de nada. Nem sempre ela fora assim; e só agora ela sentia
falta de ter algo para fazer.
Depois de muito pensar, voltou para o seu quarto e deitou-se no sofá.
Selena entrou.
— Você está ai? — estranhou. — Não devia estar no jardim?
A menina suspirou.
— Não tem nada para fazer, lá.
Não tem ninguém lá! Isso
que a menina queria dizer. Mas ela nunca reclamou disso antes.
Gomez andou até ela e a menina sentou-se, dando lugar para a mesma sentar.
A enfermeira decidiu não prolongar mais aquilo. Pra que ela iria prolongar?
— Demetria. — trouxe o olhar da menina para si. — Quem é Joseph?
O sol no lugar do coração da menina, apagou.
Continua...
Ui, ui, ui, ui, ui! Tá bom, parei.
Quem é Joseph?
Agora ferrou, hein?! KKKK
Demetria, se vira nos 30!
Segunda, não postei; mas em compensação, eu escrevi razoavelmente rápido e gostei bastante. Hoje, quinta feira, quase 1 da madrugada, estou postando como se fosse quarta, por que essa é minha intenção. Vou tentar me orientar mais, desculpem.
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*
Beijos gatas e gatos seduzentes ;*
Aaaaaaaaaaaaah! Socororo! Maaaais! :'D
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