A Esquizofrênica - Capítulo 29

Encontro.

Demetria não quis voltar ao jardim naquele dia.

Ela sabia que não iria encontrar Joseph, e ir para lá sabendo disso, não tinha sentido agora.

Ela se deu conta de que se encontrasse ele, seria pior. Ela não estava pronta para falar a verdade.

Então, a garota decidiu dormir, e como se suas pálpebras estivessem cansadas de ver algo que não seja Joseph, elas se fecharam. E seu corpo adormeceu.

Selena voltou para seu alojamento, despiu-se e foi tomar um longo banho. Enquanto deixava a água correr livre sobre seu corpo, levando consigo a tensão e  o estresse do dia, a mulher encostou a testa no azulejo frio do banheiro e suspirou. Nem tudo acompanhava o rumo que a água levava. Nem tudo congelava quando a água fria corria pelas suas costas. E ela sentia-se enferrujando enquanto tomava banho. Enquanto ensaboava-se, espalhando a espuma pelo seu corpo, ela pensava: ‘’O pequeno troféu de meus pais está enferrujando. ’’

Merda!

Gale.

Ela lembrou.

Ainda em baixo do chuveiro ligado, fez um coque mal feito e fechou a torneira. Na pia do banheiro, encontrou um prendedor de cabelo e o fez agarrar seus fios acobreados. Abriu a porta do banheiro despreocupadamente e deslizou para o pequeno guarda roupa que ficava na lateral do quarto. Mas sua anterior ausência de preocupação se transformou em uma total inquietação. 
O que vestir para encontrar Gale?

Bem; Gomez nunca antes se preocupara com isso, sua irmã sempre a ajudou e tomava as rédias da situação.

Mas agora é diferente. Sua irmã não está lá!

‘’Kendecy’’ chamou a irmã em pensamento, e ela não sabia bem por que. Não. Ela não sabia se com esse chamado ela queria a volta de sua irmã, ou muito menos que a mesma aparecesse na sua frente. Ela não sabia se esse chamado era um pedido de ajuda ou pedido de consolo. Mas ela sabia de uma coisa.

Saudade.

Era só isso.

Saudade.

Ela estava com saudade da sua irmã.

Quase pode ouvir a voz risonha de sua irmã dizendo: ‘’Seja você mesma. Há quanto tempo você não é assim? É para ser apenas ele e você. Então seja você. E se ele for verdadeiramente ele, você sabe que é o cara certo. E beije-o!’’ Selena riu, e soube exatamente o que usar.

— Jesus; você está linda! — ele falou, ao recebê-la no jardim. Os quatro postes antigos estavam ligados, e era só uma vela dentro de cada um.

Uma vela dentro de Selena.

Uma vela dentro de Gale.

Gomez vestia um short jeans e suas botas. Ela se sentia uma adolescente, com sua blusa dos Beatles, e com sua jaqueta de couro preta. Essa era Selena. E Gale amou.

— Céus, você tem quantos anos? — Gale alfinetou, abraçando-a.

— 16! — brincou, empurrando-o pelo peito. — Seu pedófilo safado! — ela riu, junto com o homem. — Você também não está mal.

Não mesmo!

Gale usava uma calça jeans azul clara, folgada em suas pernas. Sua blusa de manga longa, branca, abraçava divinamente seus músculos. Ele usava all star branco.

Ele estava lindo.

Ele estava Gale.

Ele era ele.

E ela soube, quando colocou os olhos nele, que ele era o cara certo.

Então o beijou.

Levou suas mãos ao pescoço de Fletcher e ficou de pontas de pés, puxando seu rosto para si e aprisionando seus lábios nos seus; em um beijo duro e apertado, que logo foi se suavizando. Selena teve vontade de choramingar quando Gale tirou seus lábios dos seus.

— O q... — ela o interrompeu, como sempre. Mas dessa vez não foi com suas palavras, foram com seus lábios.

— Des... — Oh merda! Gomez foi interrompida.

— Não ouse pedir desculpas. — rugiu, segurando-a pela cintura para ela não fugir.

A enfermeira engoliu em seco.

— Por hora, vamos ocupar essa boquinha com comida.

Outro trago em sua própria saliva.

Ela precisava de água.

Finalmente, olhou para o já tão conhecido banco e lá havia uma cesta de piquenique.

— Já que você não podia sair do centro de reabilitação, resolvi que era melhor fazer o que eu pretendia, aqui. — sorriu.

A enfermeira agarrou a barra de sua blusa e amassou nas mãos.

Não.

Era só um simples piquenique.

Ali era Gale. Não seu pai. Ela não iria chorar.

¾ Pequeno troféu? ¾ Mark chamou. O pai de Selena e Kendecy.

A menina estava em seu quarto.

¾ Oi, pai. ¾ ele entrou pela porta. ¾ Quer ajuda com a mala? ¾ ele iria viajar no dia seguinte com a mãe de Gomez. Ele sempre era um desastre em arrumar suas coisas. Ele era um desastre em ir embora. E Selena gostava disso.

¾ Não, não, filha. ¾ balançou a cabeça. ¾ Eu só pensei em fazermos um piquenique antes de eu e sua mãe viajarmos.

¾ Lógico! Eu amo piqueniques! ¾ ‘’Sim, eles me lembram você’’, pensou. ¾ Já chamou a Kendy?

¾ Sim. Eu pedi para ela não levar o namorado. ¾ Mark sempre gostou do Matthew, mas a questão era que ele queria algo entre família apenas, para guardar na memória. 
E assim foi feito.

Quando voltaram para casa, ele e a a esposa partiram. E nunca mais voltaram.

Eles morreram, em um acidente de carro.

Selena sentiu que também estava ali, naquele carro. Selena e Kendecy, no banco de trás.

Em família.

O carro capotou. Como se fizessem uma bola de papel com a lataria do carro.

A menor sentiu que morreu junto com eles. Mas as únicas coisas que continuaram, ali, intactas; foram as memórias.

— Não gostou? — Gale perguntou, enquanto ele e seu pequeno troféu estavam sentados em cima de uma toalha quadriculada e comendo as frutas e sanduíches que a cesta carregava.

A enfermeira riu, colocando um morango na boca.

Mas é claro que ela estava adorando! Por mais que a lembrança fosse dura, e triste; tinha seu lado bom, feliz, alegre. Era uma lembrança! E era dela com seu pai.

Ela gostava disso.

— Não, não, eu estou amando. — mastigou. — É que...

— É que, o que? — o homem colocou sua mão em cima da de Selena.

Viu a mulher abaixar a cabeça, cansada. Insegura? Sim!

— Eu estou aqui. — ele sussurrou, levantando sua cabeça pelo seu queixo e varrendo seus lábios nos dela.

— Eu apenas tenho lembranças. — murmurou.

Ele não a pressionou para contar, mas a incentivou. Ela precisava disso. E ela contou. Contou a morte de seus pais, contou sobre o casamento de sua irmã, contou sobre sua vinda para a clínica, e contou sua lembrança de seu pai, do piquenique.

Contou lentamente. Mas ele não se importou. Aquela era seu tempo, suas lembranças. E ele respeitou isso, enquanto a beijava eventualmente.

— Melhor ter lembranças do que não ter absolutamente nada. — ele refletiu. Dando um beijinho em seu nariz. Isso a fez abrir um enorme sorriso. O mais leve que ela já deu.

Seus cabelos estavam amarrados. Com uma mão apoiada no chão, em cima da deGomez, sustentando seu peso, ele a beijou. Enquanto sua outra mão, livre, serpenteou em seus cabelos acobreados e puxou a fita que prendia o cabelo da mulher. Com a corrente de vento que bateu em seus corpos, os cabelos da enfermeira voaram, e Gale parou só para observar aquilo. Deus; ele estava amando aquela mulher como jamais amou ninguém. Um amor lento e suave; porem rápido e intenso. Gale e Selena. Dava até vontade de gritar!

Agora eles entendiam Demetria.

Agora eles sabiam o que verdadeiramente era amor. Por que eles estavam enlouquecendo...
Continua...

Bú! 

     Tá bom, sou uma ridícula que não tem responsabilidade. Sei. Mas quero mudar isso, mas isso não importa, por que tem muito passando pela minha cabeça, mas quer saber? Eu não me importo! Sei o que vou fazer, e sei o que estou fazendo, e sei o que farei. Tá, nem tanto. Mas quer saber de uma verdade? Não?! Tá. Mas vou falar mesmo assim. Eu não me importo! Tem umas pessoas por ai, que me criticam e criticam o que eu faço, por que não é aquilo que elas querem; mas sabe de uma coisa?Eu não me importo! Por que estou falando isso? Por que tem pessoas ai, não me levem a mal, que faz isso. Me criticam por que cresci. Me criticam por que mudei. Me criticam por que quis melhorar. Me criticam por que melhorei!

Cara, eu não estou estressada, e olha que estou de TPM! Estou de boa aqui, por que percebi que sou infinita, e a vida é minha. Minha vida! E vou cuidar dela. EU vou cuidar dela; do jeito que eu quero, do MEU jeito. Do meu jeito errado. E isso não diz respeito a ninguém.  Se melhorei e você não gostou, tá. Eu não escrevo só para você. Eu escrevo primeiramente para mim. Se eu gostei, oh, sim! Creio que muitas pessoas vão gostar também. Fiz minhas decisões, uma delas, a mais criticada, é ter tirado minhas fics antigas. Passado. Meu passado! Meu. Faço o que quiser com ele. A decisão mais difícil foi minha! Quem mais ficou receosa ou o que quer que seja com essa decisão, fui eu! Poxa velho, apenas parem. Se vocês gostavam das minhas fics antigas, eu gostava mais! Por que elas eram minhas! Se vocês ficaram tristes, chateados ou derivados, eu fiquei mais! Pensei e repensei, e percebi que isso precisava ser feito, por que... Por que apenas precisava. Sei o que fazer da minha vida, as vezes nem tanto, mas a vida é minha. Apenas queria deixar isso bem claro. É difícil não ser egoísta nessa situação, eram minhas, a decisão foi minha! A decisão não foi a de vocês. E se vocês não gostaram, sinto muito. Se pensar apenas em si mesma é ser culpada, então nessa parte eu sou. A decisão foi minha; e assim foi feito.

Beijos gatas e gatos seduzentes ;*